O ano de 2011 começa com uma mulher subindo a rampa do Palácio do Planalto como presidente. Não é pouco. Será um ano de concretização de promessas, de avanço sobre bases estabelecidas, de muitas expectativas e cobranças também.
Dilma Rousseff, eleita com 56 por cento dos votos válidos é a legítima sucessora do governo Lula que termina com aprovação recorde. Deixou o PDT pelo Partido dos Trabalhadores há menos de uma década. O primeiro cargo executivo foi como secretária da fazenda de Porto Alegre em 1988.
Para os movimentos femininos a eleição de Dilma para a presidência vale mais do que mil campanhas para a igualdade de gênero. Ex-guerrilheira torturada, mãe e avó. Aos 63 anos, superou em tempo recorde um câncer linfático. Passou por quase tudo nessa vida. Agora enfrentará outro grande desafio e parece preparada para tal.
Confesso que tenho um imenso orgulho em termos uma mulher como presidente do Brasil. Quando jovem tinha um espírito feminista e as questões de gênero me estimulavam a discussões acaloradas na defesa dos direitos da mulher.
Hoje, enquanto setores da imprensa se preocupam com o cabelo, maquiagem e vestido da posse como se fossem segredo de Estado, penso que uma mulher pode ser dirigente desse país como qualquer homem. E tomara isso sirva de estímulo para que mais mulheres e homens com real desejo de transformar esse país se interessem pela política.
Excesso de otimismo ou não, estou apostando todas minhas fichas nesse ano que se inicia. Feliz 2011 para todos nós!
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Qualidade continua sendo o maior entrave para a educação no Brasil
O Movimento Todos Pela Educação lançou relatório anual "De Olho nas Metas – 2010", que traz os dados de acompanhamento das 5 Metas do movimento. O destaque desta edição são as informações exclusivas sobre o aprendizado dos estudantes brasileiros. Neste ano, nenhuma unidade da federação atingiu as metas de aprendizagem para todos os diferentes níveis de ensino. Os dados são preocupantes.
No Ensino Fundamental, apenas quatro unidades da federação, das 20 avaliadas, superaram todas as metas de aprendizagem em língua portuguesa e matemática, as duas disciplinas avaliadas pela Prova Brasil. Foram os estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Já no Ensino Médio, sete das 20 unidades da federação alcançaram os objetivos propostos pelo movimento nas duas matérias: Paraíba, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Ficaram de fora os dados sobre os estados da região Norte, pois não houve mensuração do desempenho de estudantes da rede particular, dificultando a comparação.
De acordo com as metas intermediárias estabelecidas pelo movimento, 34,2% dos estudantes aprenderam o que deveriam em língua portuguesa no 5º ano (4ª série) do Ensino Fundamental (a meta era de 36,6%). Em matemática, a meta era de 29,1%, e 32,6% dos alunos atingiram os resultados esperados. No 9º ano (8ª série), o cenário foi diferente: em língua portuguesa, 26,3% dos alunos aprenderam o que deveriam, superando a meta de 24,7% dos alunos com aprendizado desejável. Já em matemática, 14,8% atingiram a pontuação adequada (a meta era de 17,9%). No Ensino Médio, 28,9% dos alunos obtiveram resultado adequado em língua portuguesa (a meta era de 26,3%). Já em matemática, 11% dos alunos conseguiram desempenho satisfatório para a série, e a meta era de 14,3%.
Segundo os dados, é possível concluir que vem ocorrendo uma melhora na qualidade da aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental, principalmente em matemática. Nos anos finais, o avanço é mais significativo em língua portuguesa. O Ensino Médio, que já apresentava dificuldades, teve avanços tímidos em língua portuguesa e continua com problemas, principalmente em matemática.
Como disse o Ministro da Educação, Fernando Haddad, o Brasil começa a pagar uma dívida histórica com a sociedade. Acredito que o processo de melhoria da qualidade do ensino está apenas começando. A educação no país vai mal em qualquer comparação com outros países. A verba do orçamento destinada à educação ainda é baixa e o próprio ministro admite que os resultados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) demonstram que a área precisa de mais recursos.
A verdadeira transformação na educação do Brasil ainda está por vir e leva tempo!
Como disse o Ministro da Educação, Fernando Haddad, o Brasil começa a pagar uma dívida histórica com a sociedade. Acredito que o processo de melhoria da qualidade do ensino está apenas começando. A educação no país vai mal em qualquer comparação com outros países. A verba do orçamento destinada à educação ainda é baixa e o próprio ministro admite que os resultados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) demonstram que a área precisa de mais recursos.
A verdadeira transformação na educação do Brasil ainda está por vir e leva tempo!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Quem está a favor do combate ao tráfico no Rio?
Levantamento divulgado pelo Ibope mostrou que 88% dos cariocas são a favor das ações de combate ao tráfico de drogas, realizadas nos últimos dias em especial no Complexo do Alemão, Zona Norte da cidade. Os indecisos somaram 7% e apenas 3% desaprovam as operações. Mil moradores de diversos pontos do Rio e com idade superior a 16 anos foram entrevistadas por telefone no período de 27 a 29 de novembro. Gostaria de questionar exatamente esse aspecto da pesquisa que me parece fundamental.
Não quero ficar contra a tal maioria dos moradores do Rio de Janeiro que aprova as medidas de combate ao tráfico. Todos dizem que algo tinha de ser feito e de fato foi. Mas é muito fácil ser a favor dessa guerra para quem não mora exatamente na zona do conflito. Se fizessem a mesma pesquisa em todo país a aprovação passaria dos 90%. A imprensa, os estudiosos do assunto e a grande maioria da população brasileira não têm a menor noção do que é viver nessa 'guerra tão particular' no Rio de Janeiro. Não há opção para esses moradores: enfrentar a guerra, apesar do medo e da frágil sensação de segurança.
Que tal se o Ibope fosse pessoalmente às ruas, e não por telefone, perguntar para as pessoas que vivem, trabalham, estudam, que tentam sobreviver muito antes das forças policiais e militares iniciarem 'a grande luta contra o tráfico' no Rio?
Voltando à pesquisa, a sensação de segurança também foi analisada pelo Instituto, que entrevistou 41% de pessoas que dizem se sentir seguras, contra 30% que não tem qualquer sensação de segurança no Rio e outros 26% disseram que não se sentem seguros nem inseguros. Imaginem se a pergunta você feita apenas para os moradores das favelas, da Vila Cruzeiro, do Complexo do Alemão. Assim fica fácil comprovar a aceitação da maioria!
Não quero ficar contra a tal maioria dos moradores do Rio de Janeiro que aprova as medidas de combate ao tráfico. Todos dizem que algo tinha de ser feito e de fato foi. Mas é muito fácil ser a favor dessa guerra para quem não mora exatamente na zona do conflito. Se fizessem a mesma pesquisa em todo país a aprovação passaria dos 90%. A imprensa, os estudiosos do assunto e a grande maioria da população brasileira não têm a menor noção do que é viver nessa 'guerra tão particular' no Rio de Janeiro. Não há opção para esses moradores: enfrentar a guerra, apesar do medo e da frágil sensação de segurança.
Que tal se o Ibope fosse pessoalmente às ruas, e não por telefone, perguntar para as pessoas que vivem, trabalham, estudam, que tentam sobreviver muito antes das forças policiais e militares iniciarem 'a grande luta contra o tráfico' no Rio?
Voltando à pesquisa, a sensação de segurança também foi analisada pelo Instituto, que entrevistou 41% de pessoas que dizem se sentir seguras, contra 30% que não tem qualquer sensação de segurança no Rio e outros 26% disseram que não se sentem seguros nem inseguros. Imaginem se a pergunta você feita apenas para os moradores das favelas, da Vila Cruzeiro, do Complexo do Alemão. Assim fica fácil comprovar a aceitação da maioria!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Estimulando a participação dos jovens: campanha associa voto a orgasmo
Uma campanha para estimular o voto entre o eleitorado mais jovem usa cenas de uma mulher aparentando ter um orgasmo ao inserir uma cédula na urna e vem causando polêmica na Espanha. A peça publicitária foi criada pelo Partido Socialista Catalão e provocou revolta entre setores conservadores da região. Um partido político local teria classificado o comercial de "imundície" e o acusado de "atacar a dignidade das mulheres". A estratégia foi adotada como uma forma bem humorada de justificar o slogan do partido: "votar é um prazer".
Eu acho fantástica a idéia de estimular a participação dos jovens, mas como comparar uma ato de cidadania com o ato sexual. Acho que exageram para chamar a atenção geral.
Que tipo de campanha para estimular o voto dos jovens você criaria ou gostaria de ver nos meios de comunicação?
Dê sua opinião aqui no blog.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Proposta pretende estimular referendos e plebicitos
Destaco hoje uma proposta que apoio integralmente porque aproxima a população dos legisladores e divide a responsabilidade sobre a decisão de assuntos importantes para a coletividade.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou proposta de emenda à Constituição que permite que a sociedade solicite a realização de plebiscito e referendo para assuntos que lhe interessar. Aprovada sem consenso, a proposta permite que, a partir de iniciativa popular, o Congresso seja provocado a realizar consultas populares a respeito de leis e temas de interesse da sociedade. A matéria ainda vai para plenário.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou proposta de emenda à Constituição que permite que a sociedade solicite a realização de plebiscito e referendo para assuntos que lhe interessar. Aprovada sem consenso, a proposta permite que, a partir de iniciativa popular, o Congresso seja provocado a realizar consultas populares a respeito de leis e temas de interesse da sociedade. A matéria ainda vai para plenário.
Em seu relatório, o autor da matéria, senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), justifica que a Constituição relaciona, entre as competências exclusivas do Congresso, autorizar referendo e convocar plebiscito, mas não deixa claro quem são os agentes capazes de provocar o Legislativo para realizar as consultas populares.
Com posição contrária à proposta, o presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), argumentou que a proposta retira poderes do Congresso e pode prejudicar o Legislativo. Na avaliação do senador goiano, a PEC institui que “toda a lei ficará sujeita a referendo”.
Favorável à emenda, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), defendeu a iniciativa popular como forma de a sociedade provocar a realização de plebiscito e referendo. Um instrumento que o Brasil precisa fortalecer, segundo ele.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), também favorável à proposta, considerou a iniciativa como um “aprimoramento da Constituição” no dispositivo que diz que “o poder emana do povo”.
Qual sua opinião sobre o assunto? Escreva e participe do blog.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), também favorável à proposta, considerou a iniciativa como um “aprimoramento da Constituição” no dispositivo que diz que “o poder emana do povo”.
Qual sua opinião sobre o assunto? Escreva e participe do blog.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Ibope: maioria aprova Ficha Limpa, mais da metade não denunciaria corrupção
Pesquisa Ibope feita sob encomenda da Associação dos Magistrados Brasileiros aponta que 85% dos eleitores aprovam a Lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura de condenados em órgãos colegiados. Apenas 3% da população disse ser contra a norma. O local onde a lei tem maior apoio da população são as regiões Norte e Centro Oeste: 91%. Entre quem tem ensino superior, o índice de apoio também chega a 91%.
O levantamento apontou que 43% dos entrevistados conhecem casos de políticos que compram votos para se eleger. O índice de eleitores que conhecem pessoas que trocaram votos por benefícios é de 41%. A maioria dos entrevistados, cerca de 85%, declarou não ter disposição para vender votos. No Nordeste, 21% dos entrevistados disseram que venderiam o voto.
Um dado muito importante: a maioria dos eleitores diz que não denunciaria a prática: 54%, contra 41% que disseram que recorreriam a autoridades como a Justiça Eleitoral ou a polícia. Para 73% dos entrevistados, o principal beneficiado pela política é o próprio político.
Um dado muito importante: a maioria dos eleitores diz que não denunciaria a prática: 54%, contra 41% que disseram que recorreriam a autoridades como a Justiça Eleitoral ou a polícia. Para 73% dos entrevistados, o principal beneficiado pela política é o próprio político.
Ainda de acordo com o instituto, o eleitor, na hora de decidir o voto, leva em conta as propostas de trabalho do candidato: 53%. Os benefícios para o bairro ou a comunidade são levados em conta por 16% e 5% defendem que o candidato traga benefício às suas famílias. A experiência e o partido do postulante são levados em conta por apenas 18% e 1% dos eleitores, respectivamente.
Infelizmente, parcela significativa dos brasileiros ainda desconhece que a política pode ser transformada pelo voto bem praticado, baseado em informações sobre o candidato. Não me espanto com mais da metade dos entrevistados declarar que não denunciaria a corrupção eleitoral, pois não se confia na punição aos criminosos.
Infelizmente, parcela significativa dos brasileiros ainda desconhece que a política pode ser transformada pelo voto bem praticado, baseado em informações sobre o candidato. Não me espanto com mais da metade dos entrevistados declarar que não denunciaria a corrupção eleitoral, pois não se confia na punição aos criminosos.
Brasil tem maior taxa de abandono escolar do Mercosul
- O Brasil tem a maior taxa de abandono escolar no ensino médio dentro do Mercosul, formado por Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela: 10%, ou seja, 1 em cada 10 jovens acabam abandonando a escola nesta etapa, segundo a Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE.
- Apesar da taxa ter melhorado, a anterior era de 13,2%, os dados da publicação confirmam o ensino médio como o "gargalo" da educação brasileira: dos jovens com idade ideal para estar nessa etapa -- com idades de 15 a 17 anos de idade -- apenas metade (50,9%) está na escola. No ensino fundamental o abandono é menor, mas ainda assim a taxa do país foi a maior: 3,2%, a taxa anterior era de 4,8%.
- Dentre os países citados, o Brasil está na lanterna na taxa de aprovação no nível fundamental, com 85,8%. Em seguida vêm Venezuela (91,4%), Uruguai (92%), Argentina (92,3%), Paraguai (93,4%) e Chile (95,2%) -- todos com taxas acima de 90%.
- Na taxa de reprovação do fundamental, o Brasil é líder, com 11%. Em seguida, vêm Uruguai (7,7%), Argentina (6,4%), Venezuela (6,3%), Paraguai (4,7%) e Chile (3,5%). Apesar da taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos ser de 97,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009, o país apresenta resultados menos satisfatórios do que os demais países do Mercosul citados.
- No nível médio, somente a Venezuela, Chile e Paraguai atingem taxa de aprovação maior do que 90%. A taxa de aprovação do Brasil ficou em 77%; depois vêm Argentina (74,3%) e Uruguai (72,7%).
Em reprovação no nível médio, os países com piores resultados são o Uruguai (20,4%) e a Argentina (18,8%). O Brasil ficou em terceiro, com 13,1%, e vem seguido de Venezuela (7,2%), Paraguai (6,9%) e Chile (6,3%).
USP vai reavaliar currículos e pode eliminar cursos
A Universidade de São Paulo (USP), principal universidade do Brasil, decidiu revisar toda a sua graduação. Serão avaliadas mudanças nos currículos das faculdades e não está descartado o fechamento de cursos de baixa demanda no vestibular.
A medida foi aprovada pelo Conselho Universitário, entidade máxima da instituição. "Não é possível que alguns cursos continuem hoje como eram na época de dom Pedro 1º
Como a USP não participa de avaliações federais, não é possível comparar seus cursos com os das demais instituições brasileiras. No ranking da Times Higher Education, publicado na semana passada pela, a instituição ficou fora da lista das 200 melhores universidades do mundo.
Além de analisar cursos com pouca procura, as unidades vão avaliar projetos pedagógicos, que devem ser mais "modernos e multidisciplinares". A carga horária vai ser revista, levando em conta flexibilidade para os alunos. Não há prazo para o fim da revisão.
Muito bem vinda a reavaliação que está sendo pensada na Universidade de São Paulo, uma das mais importantes do país, mas que precisa se modernizar. Há cursos com muita procura e disputa por vagas e outros completamente abandonados, sem uma adequação às necessidades dos estudantes e do mercado de trabalho. USP vai reavaliar currículos
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
A emergência da classe média é confirmada por estudo da FGV
Desde o ano passado a chamada nova classe média representa mais da metade da população brasileira, enquanto o número de pessoas nas classes de mais baixa renda vem caindo. De acordo com o relatório 'A Nova Classe Média', divulgado pela Fundação Getúlio Vargas , o processo de emergência da classe média no Brasil foi motivado pela redução da desigualdade, mesmo durante a crise financeira mundial.
A pesquisa mostra que esta parcela da população foi a que mais cresceu entre 2003 e 2009, chegando a abranger 94,9 milhões de pessoas, o equivalente a 50,5% do total da população. No mesmo período, mais de 20 milhões de brasileiros subiram para as classes A e B, de renda maior. Os brasileiros que se enquadravam nas classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões de pessoas. 'Como a desigualdade caiu e a economia está crescendo, as pessoas são empurradas de baixo para cima, foi o que aconteceu no Brasil no período de 2003 a 2009 e é isso que está acontecendo agora', explicou Marcelo Néri, coordenador da pesquisa.
O deslocamento dos brasileiros para classes de renda mais altas revela, segundo ele, o investimento da população em educação e o aumento da oferta de empregos formais em um processo sustentável. 'O brasileiro fez o dever de casa, gerou renda e está trazendo renda para casa porque trabalha e estuda. Ele é o grande personagem dessa emergência da classe média, ele que fez esse processo', avalia Néri.
Bastante significativa a conclusão do estudo da FGV. O brasileiro agarrou a oportunidade quando lhe foi oferecida. Hoje essa parcela considerável da população do país consegue estudar (mesmo que a educação esteja longe do ideal), trabalhar (ainda precisamos de mais ofertas de emprego, especialmente para os jovens) e consumir. Com a melhora das condições de vida, o cidadão se fortalece pois consegue se fortalecer e buscar a ascensão social.
Por fim, Marcelo Néri confirma que o Brasil está cumprindo a Meta do Milênio na metade do tempo previsto. 'A pobreza tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%, taxa que foi registrada no ano de crise'.
Estamos sim no caminho certo, apesar dos pesares!
A pesquisa mostra que esta parcela da população foi a que mais cresceu entre 2003 e 2009, chegando a abranger 94,9 milhões de pessoas, o equivalente a 50,5% do total da população. No mesmo período, mais de 20 milhões de brasileiros subiram para as classes A e B, de renda maior. Os brasileiros que se enquadravam nas classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões de pessoas. 'Como a desigualdade caiu e a economia está crescendo, as pessoas são empurradas de baixo para cima, foi o que aconteceu no Brasil no período de 2003 a 2009 e é isso que está acontecendo agora', explicou Marcelo Néri, coordenador da pesquisa.
O deslocamento dos brasileiros para classes de renda mais altas revela, segundo ele, o investimento da população em educação e o aumento da oferta de empregos formais em um processo sustentável. 'O brasileiro fez o dever de casa, gerou renda e está trazendo renda para casa porque trabalha e estuda. Ele é o grande personagem dessa emergência da classe média, ele que fez esse processo', avalia Néri.
Bastante significativa a conclusão do estudo da FGV. O brasileiro agarrou a oportunidade quando lhe foi oferecida. Hoje essa parcela considerável da população do país consegue estudar (mesmo que a educação esteja longe do ideal), trabalhar (ainda precisamos de mais ofertas de emprego, especialmente para os jovens) e consumir. Com a melhora das condições de vida, o cidadão se fortalece pois consegue se fortalecer e buscar a ascensão social.
Por fim, Marcelo Néri confirma que o Brasil está cumprindo a Meta do Milênio na metade do tempo previsto. 'A pobreza tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%, taxa que foi registrada no ano de crise'.
Estamos sim no caminho certo, apesar dos pesares!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Música Clássica para diminuir o estresse
Que tal ouvir a boa música clássica enquanto navega na internet ou ainda no carro em meio ao trânsito maluco? Nem é preciso falar sobre os efeitos que esse tipo de música provoca na saúde mental e física, isso sem falar na bagagem cultural fantástica.
Minha dica pra você é relaxar do estresse do dia-a-dia ouvindo a nova programação musical da Cultura FM enquanto navega na internet. Eu estou de segunda a sexta, das 15 às 19h no Tarde Cultura, música e jornalismo cultural. Esse é o link e boa diversão:
http://www.culturabrasil.com.b r/controle-remoto?start=fm
Minha dica pra você é relaxar do estresse do dia-a-dia ouvindo a nova programação musical da Cultura FM enquanto navega na internet. Eu estou de segunda a sexta, das 15 às 19h no Tarde Cultura, música e jornalismo cultural. Esse é o link e boa diversão:
http://www.culturabrasil.com.b
Uma noite de festa dedicada ao Rádio
Ontem vivi momentos deliciosos entre bons amigos, reencontrei fãs e profissionais que vivenciam diariamente o Rádio. A festa de lançamento da revista Rádio e Negócios na noite de ontem, no Bar Brahma, em São Paulo reuniu mais de 150 pessoas e foi promovida pelo B.A.R "Bons Amigos do Rádio" em tom de descontração.
O responsável pelo projeto da Revista Rádio e Negócios é Edmilson Oliveira, da Embrase. No encontro deste ano, os bons amigos decidiram fazer uma homenagem ao Radiojornalismo. Os escolhidos para receber o prêmio B.A.R foram Milton Parron , José Nello Marques, Salomão Ésper, Maria Lydia, Heródoto Barbeiro e Roxane Ré. Sim, lá estava eu entre essas feras para representar a mulher neste segmento.
Você já pode imaginar quantas e quantas histórias foram contadas, momentos importantes relembrados. Eu lembrei minha primeira história relacionada ao Rádio. Era uma menina de 5 anos quando vi minha mãe se preparando para receber um prêmio. Só consigo recordar que ela parecia uma artista de cinema, vestido de galla e arranjo na cabeça. Muito tempo depois fui entender o que havia acontecido.
Naquela noite de 1969, Ophélia Sullo Ré, ou Sonia Regina como era conhecida no meio artístico, receberia o Roquete Pinto por sua interpretação em uma Radionovela adaptada do conto "O Morro dos Ventos Uivantes". Eram tempos de absoluto glamour para atores e atrizes, como hoje nas telenovelas. Dezenove anos depois, eu fiz minha estreia como locutora de rádio. O jornalismo veio em seguida.
Há muito tempo não sentia tanto orgulho de fazer parte dessa história fantástica do rádio que ajudo a construir nesses 22 anos. Não posso deixar de destacar, portanto, a relevância de uma revista totalmente dedicada ao Rádio, hoje e sempre com letra maiúscula.
A Rádio e Negócios chegará, ainda esta semana, nas bancas de todo o pais, com tiragem de 10 mil exemplares, editada pela Embrasec e distribuída pelo Estado São Paulo. Quem quiser acompanhar o lançamento on line pode acessar: www.embrasec.com.br
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Projeto estabelece punição maior para corrupção nas áreas de saúde e educação
Li hoje no twitter da Agência Senado e resolvi destacar a notícia aqui no blog por considerar importante a discussão do assunto.
Já está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o substitutivo do projeto de lei que estabelece que os crimes de corrupção praticados nas áreas da saúde e da educação terão punição ainda mais rigorosa: de quatro a 14 anos de reclusão. Atualmente, o Código Penal prevê reclusão de dois a 12 anos para crimes de corrupção ativa ou passiva.
O relator, senador Romeu Tuma, apresentou parecer favorável, ressaltou a gravidade do problema e concordou que crimes de corrupção cometidos nessas áreas merecem "uma tutela mais rigorosa".
No texto original, o autor da proposta, senador Mozarildo Cavalcanti, justifica o aumento de pena com dados da Controladoria Geral da União. No Brasil, a corrupção e a má gestão desviaram 25% da parcela de 1 bilhão e 600 mil reais nos últimos quatro anos. Na área da educação, segundo dados da Federação das Indústrias de São Paulo, o país perde com a corrupção 81% de seu orçamento, que corresponde a 27 bilhões e 100 milhões. Para Mozarildo, a corrupção nessas áreas "destroi a confiança necessária para o desenvolvimento das comunidades".
Apesar da época eleitoral, a matéria deve ser votada na próxima semana, em decisão terminativa na CCJ.
Já está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o substitutivo do projeto de lei que estabelece que os crimes de corrupção praticados nas áreas da saúde e da educação terão punição ainda mais rigorosa: de quatro a 14 anos de reclusão. Atualmente, o Código Penal prevê reclusão de dois a 12 anos para crimes de corrupção ativa ou passiva.
O relator, senador Romeu Tuma, apresentou parecer favorável, ressaltou a gravidade do problema e concordou que crimes de corrupção cometidos nessas áreas merecem "uma tutela mais rigorosa".
No texto original, o autor da proposta, senador Mozarildo Cavalcanti, justifica o aumento de pena com dados da Controladoria Geral da União. No Brasil, a corrupção e a má gestão desviaram 25% da parcela de 1 bilhão e 600 mil reais nos últimos quatro anos. Na área da educação, segundo dados da Federação das Indústrias de São Paulo, o país perde com a corrupção 81% de seu orçamento, que corresponde a 27 bilhões e 100 milhões. Para Mozarildo, a corrupção nessas áreas "destroi a confiança necessária para o desenvolvimento das comunidades".
Apesar da época eleitoral, a matéria deve ser votada na próxima semana, em decisão terminativa na CCJ.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Ministério Público vai à justiça para limitar cesáreas
Há muito tempo que se ouve dizer que há um exagero no uso de cesáreas, na maioria dos casos utilizado como procedimento de rotina quando deveria ser o último recurso no momento do parto, quando estritamente necessário.
Justamente com a intenção de reduzir o número de cesáreas no país, o Ministério Público Federal entrou com uma ação na Justiça para obrigar a Agência Nacional de Saúde Suplementar a criar regras para partos feitos por meio de planos de saúde.
Nos convênios, cerca de 80% das crianças chegam ao mundo por cesárea, uma número absurdo em relação a outros países. Muitos obstetras estimulam a cesárea pela conveniência de fazer a cirurgia com hora marcada. Assim, evitam o incômodo de serem acordados de madrugada
para fazer um parto.
Uma das medidas pedidas na ação é que os planos forneçam uma relação com o número de partos normais e cesáreas realizados nos hospitais credenciados. Também serão obrigados a disponibilizar enfermeiros obstetras para a realização do parto normal. Além disso, deverá ser estabelecido um plano de remuneração aos profissionais com valores bem mais altos para o parto normal.
Cerca de 26% da população do país tem plano de saúde. Em São Paulo, o índice supera os 40%. A ANS informou que ainda não foi notificada.
Justamente com a intenção de reduzir o número de cesáreas no país, o Ministério Público Federal entrou com uma ação na Justiça para obrigar a Agência Nacional de Saúde Suplementar a criar regras para partos feitos por meio de planos de saúde.
Nos convênios, cerca de 80% das crianças chegam ao mundo por cesárea, uma número absurdo em relação a outros países. Muitos obstetras estimulam a cesárea pela conveniência de fazer a cirurgia com hora marcada. Assim, evitam o incômodo de serem acordados de madrugada
para fazer um parto.
Uma das medidas pedidas na ação é que os planos forneçam uma relação com o número de partos normais e cesáreas realizados nos hospitais credenciados. Também serão obrigados a disponibilizar enfermeiros obstetras para a realização do parto normal. Além disso, deverá ser estabelecido um plano de remuneração aos profissionais com valores bem mais altos para o parto normal.
Cerca de 26% da população do país tem plano de saúde. Em São Paulo, o índice supera os 40%. A ANS informou que ainda não foi notificada.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A Sustentabilidade das Instituições Culturais no Brasil.
Representantes de mais de 20 museus e instituições culturais, como o Masp, a Pinacoteca, o Auditório Ibirapuera, Cinemateca Brasileira, Itaú Cultural e outros, reuniram-se nesta quinta no auditório do Masp para debater o tema Sustentabilidade das Instituições Culturais no Brasil.
O debate teve pontos controversos. José Roberto Teixeira Coelho, curador chefe do Masp disse que seria interessante analisar o problema da "morte" de museus e institutos, propôs que se discutisse a diminuição da "presença autoritária do Estado e da arrogância da iniciativa privada" nessas instituições.
O empresário Roberto Teixeira da Costa, que integra conselhos do Museu de Arte Moderna, Fundação Padre Anchieta e Museu Lasar Segall refutou as teses de Teixeira Coelho e citou o caso de revitalização da Bienal de São Paulo. Segundo ele, a agenda da cultura ainda vai estar durante muito tempo atrelada à questão da educação, que a precede, porque os orçamentos têm de priorizar a educação.
Eduardo Saron, do Itaú Cultural, pediu a criação de um Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Cultura para acompanhar com dados objetivos o impacto do mundo da cultura e das artes nos outros segmentos da economia. Saron considera que há ainda muito amadorismo no planejamento cultural. "O Itaú Cultural só se relaciona com o MinC por meio da Lei Rouanet", afirmou, lamentando que não haja um fórum permanente de troca de experiências.
O especialista francês Xavier Greffe fez a defesa da adoção de um modelo mais eficaz de gestão que chamou de "instituições públicas de cooperação cultural", que contenham em suas composições tanto representantes do poder público quanto agentes privados. Ele também falou na necessidade de se estimular um tipo de "mecenato popular", baseado em fontes de recursos como as emergentes empresas da área de tecnologia.
O empresário Mário Cohen, gestor do Auditório Ibirapuera, disse que uma das principais dificuldades é o da instituição cultural mostrar a relevância de sua atividade. Lembrou de quando trabalhava nas Organizações Globo e teve a ideia de propor a criação do Museu da Língua Portuguesa. "A primeira vez que falei nisso, me perguntaram: mas qual é a relevância? quem irá nisso?". Sua sorte é que a família Marinho gostou da ideia, e hoje o museu é um grande sucesso.
Alfredo Manevy, do Ministério da Cultura acredita que a instituição do novo Fundo Nacional de Cultura, com recursos diretos "blindados" pelo orçamento federal (livres de remanejamento), possibilitam a confiança em um planejamento para o futuro.
O mecanismo prevê a criação de fundos setoriais que serão geridos já a partir deste ano pelo Ministério da Cultura. José Luiz Herência, Secretário de Políticas Culturais do MinC, anunciou que o governo federal quer que o modelo seja adotado em todo o País em níveis de Estados e Municípios e tem cerca de R$ 250 milhões para os novos editais.
O debate teve pontos controversos. José Roberto Teixeira Coelho, curador chefe do Masp disse que seria interessante analisar o problema da "morte" de museus e institutos, propôs que se discutisse a diminuição da "presença autoritária do Estado e da arrogância da iniciativa privada" nessas instituições.
O empresário Roberto Teixeira da Costa, que integra conselhos do Museu de Arte Moderna, Fundação Padre Anchieta e Museu Lasar Segall refutou as teses de Teixeira Coelho e citou o caso de revitalização da Bienal de São Paulo. Segundo ele, a agenda da cultura ainda vai estar durante muito tempo atrelada à questão da educação, que a precede, porque os orçamentos têm de priorizar a educação.
Eduardo Saron, do Itaú Cultural, pediu a criação de um Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Cultura para acompanhar com dados objetivos o impacto do mundo da cultura e das artes nos outros segmentos da economia. Saron considera que há ainda muito amadorismo no planejamento cultural. "O Itaú Cultural só se relaciona com o MinC por meio da Lei Rouanet", afirmou, lamentando que não haja um fórum permanente de troca de experiências.
O especialista francês Xavier Greffe fez a defesa da adoção de um modelo mais eficaz de gestão que chamou de "instituições públicas de cooperação cultural", que contenham em suas composições tanto representantes do poder público quanto agentes privados. Ele também falou na necessidade de se estimular um tipo de "mecenato popular", baseado em fontes de recursos como as emergentes empresas da área de tecnologia.
O empresário Mário Cohen, gestor do Auditório Ibirapuera, disse que uma das principais dificuldades é o da instituição cultural mostrar a relevância de sua atividade. Lembrou de quando trabalhava nas Organizações Globo e teve a ideia de propor a criação do Museu da Língua Portuguesa. "A primeira vez que falei nisso, me perguntaram: mas qual é a relevância? quem irá nisso?". Sua sorte é que a família Marinho gostou da ideia, e hoje o museu é um grande sucesso.
Alfredo Manevy, do Ministério da Cultura acredita que a instituição do novo Fundo Nacional de Cultura, com recursos diretos "blindados" pelo orçamento federal (livres de remanejamento), possibilitam a confiança em um planejamento para o futuro.
O mecanismo prevê a criação de fundos setoriais que serão geridos já a partir deste ano pelo Ministério da Cultura. José Luiz Herência, Secretário de Políticas Culturais do MinC, anunciou que o governo federal quer que o modelo seja adotado em todo o País em níveis de Estados e Municípios e tem cerca de R$ 250 milhões para os novos editais.
Coco Chanel e Igor Stravinsky, uma bela história de amor no cinema.
O cenário é a Paris do início do século 20. Uma noite emblemática aconteceu em 21 de maio de 1913, na estreia do balé "A Sagração da Primavera", com música de Igor Stravinsky. Na plateia, estava presente outra artista, a estilista francesa Coco Chanel, que rompia os parâmetros da moda. Nascia a semente de um romance que só frutificaria 7 anos depois, entre Coco e Stravinsky.
Baseado em livro de Chris Greenhalgh (que está sendo lançado no Brasil) "Coco Chanel & Igor Stravinsky", de Jan Kounen, coloca em primeiro plano a troca entre duas personalidades extremadas no momento de máxima criatividade.
Pouco depois da Revolução Russa e da 1a Guerra Mundial, exilado e pobre, Stravinsky aceita a hospitalidade de Coco em sua vila perto de Paris, levando a mulher Katarina e os quatro filhos.
Protegido pela consagrada estilista, ele encontra apoio para dedicar-se integralmente à composição de sua música. Nasce o romance proibido, a história de amor entre Coco e Strakinsky. O filme estreia neste fim de semana nos cinemas!
Baseado em livro de Chris Greenhalgh (que está sendo lançado no Brasil) "Coco Chanel & Igor Stravinsky", de Jan Kounen, coloca em primeiro plano a troca entre duas personalidades extremadas no momento de máxima criatividade.
Pouco depois da Revolução Russa e da 1a Guerra Mundial, exilado e pobre, Stravinsky aceita a hospitalidade de Coco em sua vila perto de Paris, levando a mulher Katarina e os quatro filhos.
Protegido pela consagrada estilista, ele encontra apoio para dedicar-se integralmente à composição de sua música. Nasce o romance proibido, a história de amor entre Coco e Strakinsky. O filme estreia neste fim de semana nos cinemas!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Vamos aderir à campanha "Não Vendo Meu Voto"
A Associação dos Magistrados Brasileiros em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral lançou a campanha "Não Vendo Meu Voto". A iniciativa tem o objetivo de conscientizar o cidadão sobre a importância da escolha de seus candidatos, da participação no processo eleitoral. Todos nós somos responsáveis pelo futuro do país, não há como fugir dessa realidade.
A legislação eleitoral pune com a cassação do registro ou do diploma, além do pagamento de 1.000 a 50 mil Ufirs, cerca de 53 mil reais, o candidato que doar, oferecer, prometer, ou entregar bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, ao eleitor com a intenção de obter seu voto. Mas é claro que para sofrer a punição o eleitor deve denunciar.
A campanha também vai orientar o eleitor quanto às novas regras eleitorais, como a que exige a apresentação de documento com foto, além do título de eleitor, no momento da votação.
Não venda seu voto. Além de compactuar com um crime eleitoral, você será o maior prejudicado!
A legislação eleitoral pune com a cassação do registro ou do diploma, além do pagamento de 1.000 a 50 mil Ufirs, cerca de 53 mil reais, o candidato que doar, oferecer, prometer, ou entregar bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, ao eleitor com a intenção de obter seu voto. Mas é claro que para sofrer a punição o eleitor deve denunciar.
A campanha também vai orientar o eleitor quanto às novas regras eleitorais, como a que exige a apresentação de documento com foto, além do título de eleitor, no momento da votação.
Não venda seu voto. Além de compactuar com um crime eleitoral, você será o maior prejudicado!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Alunos de escolas públicas terão aulas de educação financeira
Se tivessemos tido educação financeira desde cedo, poderíamos evitar descontrole nas despesas, dívidas sem fim, falta de planejamento e o futuro incerto? Acredito que sim. Leia mais sobre o projeto piloto em escolas aqui no Brasil, a exemplo do que já é feito em outros países.
Dicas simples de como gastar bem o salário ou a mesada, ajudar a organizar as despesas da família e evitar gastos desnecessários são lições que começam a fazer parte da rotina de estudantes de 450 escolas públicas do país.
A partir da próxima semana, um projeto piloto de educação financeira, elaborado por órgãos reguladores e instituições privadas, será aplicado em escolas do ensino médio em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Ceará, Minas Gerais e Distrito Federal.
A ideia é inserir, nas aulas de português, matemática, sociologia e história, com apoio de material didático e um site na internet, informações sobre riscos e vantagens de compras, explicar como funciona o juro e como fazer um orçamento.
O projeto inclui também a participação dos pais por meio de workshops e da avaliação dos resultados por uma consultoria especializada, com acompanhamento do Banco Mundial. Os professores que levarão esse conteúdo para sala de aula participaram de capacitação durante o primeiro semestre do ano e terão suporte para as aulas.
Dicas simples de como gastar bem o salário ou a mesada, ajudar a organizar as despesas da família e evitar gastos desnecessários são lições que começam a fazer parte da rotina de estudantes de 450 escolas públicas do país.
A partir da próxima semana, um projeto piloto de educação financeira, elaborado por órgãos reguladores e instituições privadas, será aplicado em escolas do ensino médio em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Ceará, Minas Gerais e Distrito Federal.
A ideia é inserir, nas aulas de português, matemática, sociologia e história, com apoio de material didático e um site na internet, informações sobre riscos e vantagens de compras, explicar como funciona o juro e como fazer um orçamento.
O projeto inclui também a participação dos pais por meio de workshops e da avaliação dos resultados por uma consultoria especializada, com acompanhamento do Banco Mundial. Os professores que levarão esse conteúdo para sala de aula participaram de capacitação durante o primeiro semestre do ano e terão suporte para as aulas.
O interesse e a participação da mulher na política do Brasil
Olá, eu quero voltar hoje a um tema que me interessa muito: a participação feminina na política. Os números demostram: a maioria do eleitorado é formada por mulheres, situação diferente da maioria de candidatos que é masculina.
Um relatório das Nações Unidas aponta que as congressistas mulheres têm prioridades diferentes das dos homens, beneficiam mais as crianças e a família. Três diferentes estudos mostraram que o aumento da participação feminina no poder está relacionado a menores níveis de corrupção.
Vamos pensar juntos na importância desse conclusão para um país como o Brasil. O que poderia representar uma mudança no perfil dos políticos com o aumento da participação da mulher que já vem conquistando espaços em outras esferas da sociedade, aumentando a participação no mercado de trabalho, melhorando de renda e de escolaridade e muitas delas passando a sustentar suas famílias?
Um relatório das Nações Unidas aponta que as congressistas mulheres têm prioridades diferentes das dos homens, beneficiam mais as crianças e a família. Três diferentes estudos mostraram que o aumento da participação feminina no poder está relacionado a menores níveis de corrupção.
Vamos pensar juntos na importância desse conclusão para um país como o Brasil. O que poderia representar uma mudança no perfil dos políticos com o aumento da participação da mulher que já vem conquistando espaços em outras esferas da sociedade, aumentando a participação no mercado de trabalho, melhorando de renda e de escolaridade e muitas delas passando a sustentar suas famílias?
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Primeiros candidatos buscam registro no site Ficha Limpa
Essa é para todos nós eleitores e candidatos. O Ficha Limpa está valendo e nada melhor que poder consultar a ficha de um candidato na internet. A iniciativa é da Articulação Brasileira contra a Corrupção e Impunidade (Abracci) e foi lançada na semana passada.
Os candidatos tenham sido informados desde a última quarta-feira (28) sobre o cadastro no site e até o momento, não há registro de candidatos "ficha limpa" para governador, senador e presidente da república. O site www.fichalimpa.org.br teve seus primeiros candidatos registrados nesta terça. Já estão disponíveis para consulta os registros de Francisco Rodrigues de Alencar Filho (PSOL), candidato a deputado federal no Rio de Janeiro e Paulo Fernando Ramos Serejo (PMDB), que disputa vaga na Câmara pelo Distrito Federal.
Existem outros 40 pedidos de registro de candidatos que estão sendo verificados antes de serem liberados para consulta. Para entrar no site, será necessário que o candidato forneça declarações de que não foi condenado por um colegiado, nem renunciou a mandato ou foi cassado. Além disso, os responsáveis pela página exigem a atualização constante sobre o financiamento da campanha. A princípio, não haverá informações sobre candidatos a deputados estaduais e distritais.
Outra ferramenta importante é um link para denúncias, que podem ser feitas por qualquer cidadão, após o preenchimento de um cadastro e deve ser apresentada uma prova da denúncia.
A iniciativa é muito boa tanto para os candidatos quanto para os eleitores. Vamos participar, buscar informações para dar qualidade ao voto. Só asim vamos mudar o perfil dos políticos nesse país. O trabalho é nosso e o ganho também.
Os candidatos tenham sido informados desde a última quarta-feira (28) sobre o cadastro no site e até o momento, não há registro de candidatos "ficha limpa" para governador, senador e presidente da república. O site www.fichalimpa.org.br teve seus primeiros candidatos registrados nesta terça. Já estão disponíveis para consulta os registros de Francisco Rodrigues de Alencar Filho (PSOL), candidato a deputado federal no Rio de Janeiro e Paulo Fernando Ramos Serejo (PMDB), que disputa vaga na Câmara pelo Distrito Federal.
Existem outros 40 pedidos de registro de candidatos que estão sendo verificados antes de serem liberados para consulta. Para entrar no site, será necessário que o candidato forneça declarações de que não foi condenado por um colegiado, nem renunciou a mandato ou foi cassado. Além disso, os responsáveis pela página exigem a atualização constante sobre o financiamento da campanha. A princípio, não haverá informações sobre candidatos a deputados estaduais e distritais.
Outra ferramenta importante é um link para denúncias, que podem ser feitas por qualquer cidadão, após o preenchimento de um cadastro e deve ser apresentada uma prova da denúncia.
A iniciativa é muito boa tanto para os candidatos quanto para os eleitores. Vamos participar, buscar informações para dar qualidade ao voto. Só asim vamos mudar o perfil dos políticos nesse país. O trabalho é nosso e o ganho também.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Será que está próximo o fim das pesquisas científicas com animais?
Gostaria de dividir com você leitor do SRZD um dos assuntos que sempre me incomodaram.
O uso de animais como cobaias em pesquisas não é mais necessário na chamada era do genoma. A afirmação é da presidente da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), Izabel Cristina Nacimento. Segundo ela, é preciso que o Brasil invista em métodos alternativos, como estudos in vitro e com células.
Nesta semana, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, informou que dará início ao cadastro de todas as pesquisas que usam animais.
Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da Suipa lembrou que a Lei de Crimes Ambientais já prevê punição para o abusos e os maus-tratos a animais e destacou ainda que a legislação brasileira só permite o uso dos de animais como cobaias quando não há possibilidade de outros métodos.
Izabel Cristina lembra que 'o animal tem sentimento, está mais do que comprovado. Eles sentem medo, angústia, tristeza, depressão'.
De acordo com a Suipa, países europeus, além do Canadá e dos Estados Unidos, conseguiram reduzir de forma considerável o uso de animais como cobaias. Nesses países,os medicamentos e produtos feitos em laboratório informam o rótulo se foram testados em animais.
Por que o Brasil continua tão atrasado?
O uso de animais como cobaias em pesquisas não é mais necessário na chamada era do genoma. A afirmação é da presidente da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), Izabel Cristina Nacimento. Segundo ela, é preciso que o Brasil invista em métodos alternativos, como estudos in vitro e com células.
Nesta semana, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, informou que dará início ao cadastro de todas as pesquisas que usam animais.
Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da Suipa lembrou que a Lei de Crimes Ambientais já prevê punição para o abusos e os maus-tratos a animais e destacou ainda que a legislação brasileira só permite o uso dos de animais como cobaias quando não há possibilidade de outros métodos.
Izabel Cristina lembra que 'o animal tem sentimento, está mais do que comprovado. Eles sentem medo, angústia, tristeza, depressão'.
De acordo com a Suipa, países europeus, além do Canadá e dos Estados Unidos, conseguiram reduzir de forma considerável o uso de animais como cobaias. Nesses países,os medicamentos e produtos feitos em laboratório informam o rótulo se foram testados em animais.
Por que o Brasil continua tão atrasado?
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Depois de 73 anos, o Instituto do Patrimônio Histórico vai multar quem desrespeitar lei
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, conhecido IPHAN, regulamentou lei para punir danos a bens históricos e artísticos tombados pela União. Apesar de o decreto que criou o instituto, em 1937, já prever a aplicação de multas, o Instituto nunca exerceu seu poder de polícia. A recente portaria decorre da ação civil pública movida pelo MPF em Petrópolis.
Foram definidas multas para cada caso, além do processo administrativo e dos meios de defesa. Entre as infrações, estão a destruição de bens tombados, a alteração de bens sem autorização do Iphan e a colocação de anúncios publicitários no bem tombado ou em sua vizinhança. O Iphan ainda pode embargar obras consideradas como intervenção sem autorização do instituto.
A ação do Ministério Público Federal resultou de um inquérito civil que apurou a inércia de mais de 70 anos no cumprimento da lei. Como é possível criar uma lei e regulamenta-la 70 anos depois? Na falta de uma solução administrativa, o MPF processou o Iphan que recorreu da condenação e finalmente editou a regulamentação.
Antes tarde do que nunca!
Foram definidas multas para cada caso, além do processo administrativo e dos meios de defesa. Entre as infrações, estão a destruição de bens tombados, a alteração de bens sem autorização do Iphan e a colocação de anúncios publicitários no bem tombado ou em sua vizinhança. O Iphan ainda pode embargar obras consideradas como intervenção sem autorização do instituto.
A ação do Ministério Público Federal resultou de um inquérito civil que apurou a inércia de mais de 70 anos no cumprimento da lei. Como é possível criar uma lei e regulamenta-la 70 anos depois? Na falta de uma solução administrativa, o MPF processou o Iphan que recorreu da condenação e finalmente editou a regulamentação.
Antes tarde do que nunca!
Videogames violentos são inofensivos para maioria das crianças
Os videogames violentos podem intensificar a agressividade e hostilidade de alguns jogadores, mas também podem beneficiar outros ao aperfeiçoar suas capacidades visuais e espaciais e melhorar sua capacidade de contato social, segundo cientistas.
Em uma edição especial da Review of General Psychology, publicada pela American Psychological Association, pesquisadores afirmam que os jogos também podem ajudar a controlar o diabetes e a dor, e funcionam como complemento para a psicoterapia.
"Videogames violentos são como manteiga de amendoim", disse Christopher J. Ferguson, da Texas A&M International University. "Inofensivos para a vasta maioria das crianças mas prejudiciais para uma pequena minoria com problemas de personalidade ou saúde mental pré-existentes."
Ele acrescentou que os estudos haviam revelado que jogos violentos não haviam criado uma geração de jovens violentos.
"Pesquisas recentes demonstraram que com o avanço na popularidade dos videogames, as crianças dos Estados Unidos e Europa mostram menos problemas de comportamento, são menos violentas e se saem melhor nos testes escolares padronizados," disse Ferguson, editor convidado da publicação.
Patrick Markey, da Villanova University, na Pensilvânia, constatou em um estudo com 118 adolescentes que certos traços de personalidade podem servir para prever que crianças sofrerão influência negativa dos videogames.
Se alguém se irrita, deprime ou zanga facilmente, ou é indiferente aos sentimentos alheios, viola as regras e não cumpre promessas, a probabilidade de que seja hostil depois de jogar videogames violentos é maior. "As pessoas negativamente afetadas são aquelas com disposição pré-existentes que as tornam suscetíveis a mídias violentas como essa."
Mas em nota mais positiva, Pamela Kato, do University Medical Center de Utrecht, Holanda, demonstrou em sua pesquisa que jogos especialmente planejados podem ajudar a prevenir ataques de asma e facilitar o combate à dor e o tratamento do diabetes.
T. Atilla Ceranoglu, do Massachusetts General Hospital, em Boston, descobriu em uma revisão de trabalhos de pesquisa que os videogames também podem ser usados na avaliação psicológica de crianças e adolescentes.
Em uma edição especial da Review of General Psychology, publicada pela American Psychological Association, pesquisadores afirmam que os jogos também podem ajudar a controlar o diabetes e a dor, e funcionam como complemento para a psicoterapia.
"Videogames violentos são como manteiga de amendoim", disse Christopher J. Ferguson, da Texas A&M International University. "Inofensivos para a vasta maioria das crianças mas prejudiciais para uma pequena minoria com problemas de personalidade ou saúde mental pré-existentes."
Ele acrescentou que os estudos haviam revelado que jogos violentos não haviam criado uma geração de jovens violentos.
"Pesquisas recentes demonstraram que com o avanço na popularidade dos videogames, as crianças dos Estados Unidos e Europa mostram menos problemas de comportamento, são menos violentas e se saem melhor nos testes escolares padronizados," disse Ferguson, editor convidado da publicação.
Patrick Markey, da Villanova University, na Pensilvânia, constatou em um estudo com 118 adolescentes que certos traços de personalidade podem servir para prever que crianças sofrerão influência negativa dos videogames.
Se alguém se irrita, deprime ou zanga facilmente, ou é indiferente aos sentimentos alheios, viola as regras e não cumpre promessas, a probabilidade de que seja hostil depois de jogar videogames violentos é maior. "As pessoas negativamente afetadas são aquelas com disposição pré-existentes que as tornam suscetíveis a mídias violentas como essa."
Mas em nota mais positiva, Pamela Kato, do University Medical Center de Utrecht, Holanda, demonstrou em sua pesquisa que jogos especialmente planejados podem ajudar a prevenir ataques de asma e facilitar o combate à dor e o tratamento do diabetes.
T. Atilla Ceranoglu, do Massachusetts General Hospital, em Boston, descobriu em uma revisão de trabalhos de pesquisa que os videogames também podem ser usados na avaliação psicológica de crianças e adolescentes.
Concursos Públicos: fraudes há 16 anos
A quadrilha que fraudava concursos por todo o país e foi desarticulada pela Operação Tormenta da Polícia Federal atuava há 16 anos. Como isso é possível? E por tanto tempo? Os criminosos foram descobertos atrvés de uma investigação de rotina feita pela PF durante o concurso de 2009.
As investigações começaram durante a análise de dados da vida dos candidatos, parte do sistema de proteção adotado pela PF para selecionar os novos agentes.
A quadrilha chegava a cobrar 50 mil dólares dos candidatos. Seis candidatos que se formariam nesta sexta-feira na Academia da Polícia Federal foram desligados.
Doze membros da quadrilha estão presos e serão indiciados por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos. Entre os líderes da quadrilha estão um dono de universidade da região de São Paulo e um policial rodoviário federal.
A PF também descobriu que houve fraude nos concursos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deste ano e da Receita Federal de 1994. Também estão sob investigação os concursos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Cerca de 130 mil candidatos se inscreveram nos três concursos públicos supostamente fraudados pela quadrilha que atuava em todo o país.
As investigações começaram durante a análise de dados da vida dos candidatos, parte do sistema de proteção adotado pela PF para selecionar os novos agentes.
A quadrilha chegava a cobrar 50 mil dólares dos candidatos. Seis candidatos que se formariam nesta sexta-feira na Academia da Polícia Federal foram desligados.
Doze membros da quadrilha estão presos e serão indiciados por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos. Entre os líderes da quadrilha estão um dono de universidade da região de São Paulo e um policial rodoviário federal.
A PF também descobriu que houve fraude nos concursos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deste ano e da Receita Federal de 1994. Também estão sob investigação os concursos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Cerca de 130 mil candidatos se inscreveram nos três concursos públicos supostamente fraudados pela quadrilha que atuava em todo o país.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Estrutura e projetos da educação infantil no país precisam melhorar
Pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Ministério da Educação mostra que as creches e pré-escolas ainda contam com estrutura e projeto pedagógico insuficientes para garantir o pleno desenvolvimento desses alunos.
Durante o estudo foram visitadas 150 escolas públicas de educação infantil (creche e pré-escola) em Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Teresina e no Rio de Janeiro. Sete aspectos foram avaliados: espaço e mobiliário, rotinas de cuidado pessoal, linguagem e raciocínio, atividades, interação, estrutura do programa e pais e equipe. Em todas as áreas, os resultados alcançaram o nível básico ou inadequado.
Para cada um dos quesitos foi atribuída uma nota de 0 a 10 dentro de uma escala divida em níveis: inadequado (1 a 3), básico (3 a 5), adequado (5 a 7), bom (7 a 8,5) e excelente (8,5 a 10). A nota mais alta foi obtida na avaliação sobre os processos de interação entre adultos e crianças: 5,6.
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, avalia que os resultados preocupam, mas já eram esperados. Ela ressalta que somente na última década a pré-escola e a creche deixaram de ser administradas pelas secretarias de Assistência Social e passaram a ser vistas como um serviço da área de educação.
Em relação às atividades, são consideradas, por exemplo, a disponibilidade de materiais para trabalhar a coordenação motora dos alunos, a existência de atividades relacionadas à música, a presença de brincadeiras de faz de conta e o uso adequado da TV ou do vídeo.
Também foi observado o ritmo da programação diária das turmas, incluindo como se organizam as rotinas de cuidados pessoais e as atividades livres e em grupo. Essa programação diária não deve ser extremamente rígida e nem demasiadamente flexível. A nota obtida foi 2,5.
A principal ação para ampliar as matrículas nessa etapa do ensino é o programa Proinfância, que constrói centros de educação infantil nos municípios. Segundo o ministério, 1.700 escolas já estão em construção, 200 delas prontas. Mas também é necessário melhorar a formação dos professores que não são capacitados para trabalhar especificamente com essa faixa etária. Lembrando que até 2016 todas as crianças a partir dos 4 anos de idade deverão estar na escola de acordo com emenda aprovada no ano passado.
Os resultados da pesquisa preocupam porque nem a estrutura, muito menos os projetos funcionam adequadamente. Faltam escolas, professores treinados. O que temos então? O único avanço é a mudança do assunto da área da assistência social para a educação. Temos 6 anos pela frente para melhorar tudo ou então teremos que obrigar nossas crianças a estudarem em uma escola despreparada. Se o começo de tudo falha, o projeto educacinal fica comprometido, apenas empurramos o problema para frente.
Durante o estudo foram visitadas 150 escolas públicas de educação infantil (creche e pré-escola) em Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Teresina e no Rio de Janeiro. Sete aspectos foram avaliados: espaço e mobiliário, rotinas de cuidado pessoal, linguagem e raciocínio, atividades, interação, estrutura do programa e pais e equipe. Em todas as áreas, os resultados alcançaram o nível básico ou inadequado.
Para cada um dos quesitos foi atribuída uma nota de 0 a 10 dentro de uma escala divida em níveis: inadequado (1 a 3), básico (3 a 5), adequado (5 a 7), bom (7 a 8,5) e excelente (8,5 a 10). A nota mais alta foi obtida na avaliação sobre os processos de interação entre adultos e crianças: 5,6.
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, avalia que os resultados preocupam, mas já eram esperados. Ela ressalta que somente na última década a pré-escola e a creche deixaram de ser administradas pelas secretarias de Assistência Social e passaram a ser vistas como um serviço da área de educação.
Em relação às atividades, são consideradas, por exemplo, a disponibilidade de materiais para trabalhar a coordenação motora dos alunos, a existência de atividades relacionadas à música, a presença de brincadeiras de faz de conta e o uso adequado da TV ou do vídeo.
Também foi observado o ritmo da programação diária das turmas, incluindo como se organizam as rotinas de cuidados pessoais e as atividades livres e em grupo. Essa programação diária não deve ser extremamente rígida e nem demasiadamente flexível. A nota obtida foi 2,5.
A principal ação para ampliar as matrículas nessa etapa do ensino é o programa Proinfância, que constrói centros de educação infantil nos municípios. Segundo o ministério, 1.700 escolas já estão em construção, 200 delas prontas. Mas também é necessário melhorar a formação dos professores que não são capacitados para trabalhar especificamente com essa faixa etária. Lembrando que até 2016 todas as crianças a partir dos 4 anos de idade deverão estar na escola de acordo com emenda aprovada no ano passado.
Os resultados da pesquisa preocupam porque nem a estrutura, muito menos os projetos funcionam adequadamente. Faltam escolas, professores treinados. O que temos então? O único avanço é a mudança do assunto da área da assistência social para a educação. Temos 6 anos pela frente para melhorar tudo ou então teremos que obrigar nossas crianças a estudarem em uma escola despreparada. Se o começo de tudo falha, o projeto educacinal fica comprometido, apenas empurramos o problema para frente.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Pesquisa mostra que sexo e drogas juntos é uma farsa
Li hoje no IG. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) atesta que a dupla “sexo e droga” é uma farsa. No caso dos homens, mostram os dados coletados em 295 pacientes em tratamento por uso de maconha, crack, cocaína e álcool, os problemas relacionados ao desempenho sexual, como impotência e ejaculação precoce, ficam muito mais recorrentes.
Para as mulheres,segunda etapa do estudo, os especialistas acreditam que o dano é ainda mais nocivo: a região do cérebro ligada à libido e ao prazer é afetada e pode inviabilizar a relação sexual.
“As dependentes químicas têm imensa dificuldade em ter vida sexual sadia, mesmo quando já estão longe das drogas”, afirma autora do estudo Alessandra Diehl, psiquiatra especializada em dependência química e sexualidade. “Muitas mulheres usam o sexo para conseguir drogas durante o vício. Por isso, fica delicado encarar a relação sexual naturalmente após o tratamento. Ou as pacientes associam o sexo a uma possível recaída ou simplesmente não querem mais contato sexual com ninguém”.
Os dados da pesquisa da Unifesp, ainda preliminares, mostram que 47% dos usuários de drogas apresentam queixas de disfunção sexual, 14 pontos acima do índice de transtornos detectado na população em geral (33%, segundo levantamento do programa de sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas).
Além de conviverem com mais problemas sexuais, 68% dos participantes afirmaram negligenciar o preservativo durante as relações sexuais – 41% não usam e 27% usam esporadicamente – um passo arriscado em direção às doenças sexualmente transmissíveis, que também podem causar disfunção erétil e dor durante o sexo.
“O que nos chamou atenção é que quando questionados porque não usam preservativo, a resposta mais frequente dos dependentes foi ‘tenho um relacionamento fixo’”, explica Alessandra. “Esta informação contrasta com outro dado identificado no levantamento. Em média, os pacientes estudados informaram ter cinco parceiros sexuais diferentes durante o ano, um comportamento promíscuo para os padrões da OMS (Organização Mundial de Saúde), que define como três parceiros anuais o índice aceitável”, afirma a médica ao completar que a constatação serve de termômetro do quanto a visão do que é um relacionamento estável também é comprometida pelo uso da droga. “Tudo é muito efêmero. Nada é mais aprofundado.”
Na primeira etapa do estudo da Unifesp, a maior parte dos pesquisados foi de homens. As poucas mulheres participantes trouxeram a evidência de que a sexualidade feminina após a dependência precisa ser mais pesquisada, aprofundada e trabalhada durante o tratamento.
“Só para citar um exemplo, uma das mulheres participantes teve 120 parceiros sexuais em um ano. Como ela vai reconstruir a vida sexual sem a droga?”, questiona Alessandra Diehl.
A psiquiatra da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), Carla Bicca, acrescenta que, com o início cada vez mais precoce das meninas no universo das drogas, muitas nunca nem sequer experimentaram uma relação sexual sem estarem intoxicadas.
“Elas fazem do corpo moeda de troca para conseguir a droga, inclusive as meninas que são de classe média alta”, afirma Carla Bicca. “Além disso, a cocaína e o crack, em especial, afetam com muita intensidade a região do cérebro responsável pelo prazer. Com isso, para elas fica mais difícil ter prazer em outra situação sem ser com o uso das drogas”, completa Carla.
As duas drogas que comprometem a área cerebral ligada ao prazer registraram aumento escalonado de dependentes do sexo feminino. Dados dos centros de tratamento de saúde do Estado de São Paulo mostram que em dois anos aumentou em 91% a procura de mulheres por este tipo tratamento.
Pacientes de várias idades (Marlene, de 45 anos, que não lembra da última vez que deitou com alguém sem estar alcoolizada) participam de um projeto piloto das clínicas mantidas pela Unifesp para, de forma simultânea no processo de recuperação, começarem a tentar reconstruir também a vida sexual após a dependência.
Para as mulheres,segunda etapa do estudo, os especialistas acreditam que o dano é ainda mais nocivo: a região do cérebro ligada à libido e ao prazer é afetada e pode inviabilizar a relação sexual.
“As dependentes químicas têm imensa dificuldade em ter vida sexual sadia, mesmo quando já estão longe das drogas”, afirma autora do estudo Alessandra Diehl, psiquiatra especializada em dependência química e sexualidade. “Muitas mulheres usam o sexo para conseguir drogas durante o vício. Por isso, fica delicado encarar a relação sexual naturalmente após o tratamento. Ou as pacientes associam o sexo a uma possível recaída ou simplesmente não querem mais contato sexual com ninguém”.
Os dados da pesquisa da Unifesp, ainda preliminares, mostram que 47% dos usuários de drogas apresentam queixas de disfunção sexual, 14 pontos acima do índice de transtornos detectado na população em geral (33%, segundo levantamento do programa de sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas).
Além de conviverem com mais problemas sexuais, 68% dos participantes afirmaram negligenciar o preservativo durante as relações sexuais – 41% não usam e 27% usam esporadicamente – um passo arriscado em direção às doenças sexualmente transmissíveis, que também podem causar disfunção erétil e dor durante o sexo.
“O que nos chamou atenção é que quando questionados porque não usam preservativo, a resposta mais frequente dos dependentes foi ‘tenho um relacionamento fixo’”, explica Alessandra. “Esta informação contrasta com outro dado identificado no levantamento. Em média, os pacientes estudados informaram ter cinco parceiros sexuais diferentes durante o ano, um comportamento promíscuo para os padrões da OMS (Organização Mundial de Saúde), que define como três parceiros anuais o índice aceitável”, afirma a médica ao completar que a constatação serve de termômetro do quanto a visão do que é um relacionamento estável também é comprometida pelo uso da droga. “Tudo é muito efêmero. Nada é mais aprofundado.”
Na primeira etapa do estudo da Unifesp, a maior parte dos pesquisados foi de homens. As poucas mulheres participantes trouxeram a evidência de que a sexualidade feminina após a dependência precisa ser mais pesquisada, aprofundada e trabalhada durante o tratamento.
“Só para citar um exemplo, uma das mulheres participantes teve 120 parceiros sexuais em um ano. Como ela vai reconstruir a vida sexual sem a droga?”, questiona Alessandra Diehl.
A psiquiatra da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), Carla Bicca, acrescenta que, com o início cada vez mais precoce das meninas no universo das drogas, muitas nunca nem sequer experimentaram uma relação sexual sem estarem intoxicadas.
“Elas fazem do corpo moeda de troca para conseguir a droga, inclusive as meninas que são de classe média alta”, afirma Carla Bicca. “Além disso, a cocaína e o crack, em especial, afetam com muita intensidade a região do cérebro responsável pelo prazer. Com isso, para elas fica mais difícil ter prazer em outra situação sem ser com o uso das drogas”, completa Carla.
As duas drogas que comprometem a área cerebral ligada ao prazer registraram aumento escalonado de dependentes do sexo feminino. Dados dos centros de tratamento de saúde do Estado de São Paulo mostram que em dois anos aumentou em 91% a procura de mulheres por este tipo tratamento.
Pacientes de várias idades (Marlene, de 45 anos, que não lembra da última vez que deitou com alguém sem estar alcoolizada) participam de um projeto piloto das clínicas mantidas pela Unifesp para, de forma simultânea no processo de recuperação, começarem a tentar reconstruir também a vida sexual após a dependência.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Mudanças importantes: novas regras para planos de saúde e transporte de crianças nos carros
Já estão valendo as novas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para planos de saúde em todo o país. As operadoras são obrigadas a incluir na cobertura básica um total de 70 procedimentos, além de ampliar o limite de consultas em algumas especialidades.
44 milhões de usuários serão beneficiados, já que os serviços deverão constar em todos os planos de saúde contratados a partir do dia 2 de janeiro de 1999. Agora o lado que preocupa: de acordo com a ANS, as mudanças não terão grande peso nos custos, mas a elevação pode ser repassada principalmente no caso de contratos de grupos.
Entre os novos procedimentos está o transplante de medula óssea por meio de doação de parentes ou por meio de banco de medula, procedimentos odontológicos como a colocação de coroas e blocos dentários e o exame de imagem para identificação de câncer em estágio inicial e avançado, conhecido como PET-Scan oncológico.
A Agência decidiu ainda ampliar o número mínimo de consultas para especialidades como a fonoaudiologia de seis para até 24 vezes por ano. Nutricionistas, por sua vez, poderão totalizar 12 consultas e não mais seis. Terapias com psicólogos sobem de 12 para até 40 consultas por ano, desde que sejam indicadas por um psiquiatra.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo, que representa os planos de saúde, já informou que as novas regras vão gerar custos adicionais e que os primeiros a sentir devem ser os novos clientes.
Outra regra importante que passa a valer a partir desta quarta: a nova lei de trânsito. Fica obrigatório o uso de cadeirinhas para transportar crianças de até 7 anos em veículos. Quem descumprir, será multado em R$ 191,54 e ganhará 7 pontos na carteira.
Os bebês com até um ano de idade deverão ser transportados em bebê-conforto, que deverá estar virado de frente para o banco e de costas para o motorista, e precisa ser preso ao cinto de segurança. Crianças de um a quatro anos devem utilizar cadeirinhas presas ao cinto. Já os assentos de elevação devem ser usados por crianças de quatro a sete anos e meio. A partir desta idade, as crianças passam a usar somente o cinto de segurança e até 10 anos só podem viajar no banco traseiro.
E não se esqueça que os produtos utilizados precisam ter certificação do Inmetro, detalhe fundamental.
44 milhões de usuários serão beneficiados, já que os serviços deverão constar em todos os planos de saúde contratados a partir do dia 2 de janeiro de 1999. Agora o lado que preocupa: de acordo com a ANS, as mudanças não terão grande peso nos custos, mas a elevação pode ser repassada principalmente no caso de contratos de grupos.
Entre os novos procedimentos está o transplante de medula óssea por meio de doação de parentes ou por meio de banco de medula, procedimentos odontológicos como a colocação de coroas e blocos dentários e o exame de imagem para identificação de câncer em estágio inicial e avançado, conhecido como PET-Scan oncológico.
A Agência decidiu ainda ampliar o número mínimo de consultas para especialidades como a fonoaudiologia de seis para até 24 vezes por ano. Nutricionistas, por sua vez, poderão totalizar 12 consultas e não mais seis. Terapias com psicólogos sobem de 12 para até 40 consultas por ano, desde que sejam indicadas por um psiquiatra.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo, que representa os planos de saúde, já informou que as novas regras vão gerar custos adicionais e que os primeiros a sentir devem ser os novos clientes.
Outra regra importante que passa a valer a partir desta quarta: a nova lei de trânsito. Fica obrigatório o uso de cadeirinhas para transportar crianças de até 7 anos em veículos. Quem descumprir, será multado em R$ 191,54 e ganhará 7 pontos na carteira.
Os bebês com até um ano de idade deverão ser transportados em bebê-conforto, que deverá estar virado de frente para o banco e de costas para o motorista, e precisa ser preso ao cinto de segurança. Crianças de um a quatro anos devem utilizar cadeirinhas presas ao cinto. Já os assentos de elevação devem ser usados por crianças de quatro a sete anos e meio. A partir desta idade, as crianças passam a usar somente o cinto de segurança e até 10 anos só podem viajar no banco traseiro.
E não se esqueça que os produtos utilizados precisam ter certificação do Inmetro, detalhe fundamental.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Especialistas debatem estratégias de combate ao consumo do crack
Resolvi voltar ao assunto. Matéria da Agência Brasil desta terça destaca o debate que acontece no Rio de Janeiro sobre estratégias para o combate do consumo do crack. Especialistas brasileiros e estrangeiros estão reunidos na sede da ONG Viva Rio. Um documento com recomendações será distribuído a equipes do Programa de Saúde da Família. Segundo o diretor da Viva Rio, Rubem Cesar Fernandes, o Brasil ainda não tem pessoal preparado para lidar com o vício do crack e é preciso definir estratégias para agentes de saúde e assistentes sociais.
A experiência dos EUA, com a redução de danos para os dependentes, apresentada no encontro, deve ser uma das iniciativas adotadas pelas equipes de saúde. A proposta é minimizar as consequências da violência e de saúde entre os usuários, oferecendo kits seguros para evitar, por exemplo, as feridas na boca que podem ser focos de contaminação de hepatite.
O coordenador da área de saúde mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, disse que a redução de riscos é um dos componentes da política de ampliação do acesso a serviços de prevenção e tratamento. O Ministério informa que está ampliando de 2,5 mil para 5 mil o número de leitos para internação de curto prazo em hospitais gerais em todo o país, transformando os Centros de Atenção Psicossocial em atendimento 24 horas e investindo na criação de Consultórios de Rua e Casas de Acolhimento. Um Consultório de Rua deve ser instalado ainda este ano no Rio, na região da Lapa.
A troca de experiências é muito bem vinda e pode trazer resultados se os agentes receberem as orientações sobre como lidar especificamente com a dependência de crack. A ampliação do acesso a serviços de prevenção e tratamento deve ser contínua.
A experiência dos EUA, com a redução de danos para os dependentes, apresentada no encontro, deve ser uma das iniciativas adotadas pelas equipes de saúde. A proposta é minimizar as consequências da violência e de saúde entre os usuários, oferecendo kits seguros para evitar, por exemplo, as feridas na boca que podem ser focos de contaminação de hepatite.
O coordenador da área de saúde mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, disse que a redução de riscos é um dos componentes da política de ampliação do acesso a serviços de prevenção e tratamento. O Ministério informa que está ampliando de 2,5 mil para 5 mil o número de leitos para internação de curto prazo em hospitais gerais em todo o país, transformando os Centros de Atenção Psicossocial em atendimento 24 horas e investindo na criação de Consultórios de Rua e Casas de Acolhimento. Um Consultório de Rua deve ser instalado ainda este ano no Rio, na região da Lapa.
A troca de experiências é muito bem vinda e pode trazer resultados se os agentes receberem as orientações sobre como lidar especificamente com a dependência de crack. A ampliação do acesso a serviços de prevenção e tratamento deve ser contínua.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Ministério do Trabalho proíbe empresas de exigirem teste de HIV
O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, publicou nesta segunda portaria que proíbe as empresas de exigirem do trabalhador a realização do teste de HIV para contratação. Segundo a lei, o teste de HIV não é permitido, de forma direta e indireta, em exames médicos para admissão, mudança de função, avaliação periódica, retorno, demissão ou outros ligados à relação de emprego. Lembrando que qualquer prática discriminatória já está proibida pela Constituição, mas infelizmente acontece todos os dias.
Escrevo sobre o assunto para elogiar a medida. Práticas tão ruins como essa no ambiente de trabalho devem desaparecer. A lei vem proteger o trabalhador que pode denunciar o abuso. Os portadores do vírus da AIDS que seguem rigorosamente o tratamento vivem cada vez mais e com qualidade, têm uma vida normal e ativa, trabalham, estudam, se relacionam e podem gerar filhos saudáveis. Infelizmente ainda vivemos tempos em que a discriminação tem de ser proibida por lei. A consciência um dia virá!
Escrevo sobre o assunto para elogiar a medida. Práticas tão ruins como essa no ambiente de trabalho devem desaparecer. A lei vem proteger o trabalhador que pode denunciar o abuso. Os portadores do vírus da AIDS que seguem rigorosamente o tratamento vivem cada vez mais e com qualidade, têm uma vida normal e ativa, trabalham, estudam, se relacionam e podem gerar filhos saudáveis. Infelizmente ainda vivemos tempos em que a discriminação tem de ser proibida por lei. A consciência um dia virá!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Em discussão o projeto "bolsa estupro"
Mais uma vez neste Blog vou opinar sobre assunto polêmico e espero contar com sua ajuda. A Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou projeto que institui apoio financeiro para mulheres vítimas de estupro e que não desejam realizar aborto. A proposta, batizada por feministas como “bolsa estupro”, prevê pagamento de benefício para mulheres violentadas que não tenham condições financeiras para cuidar da futura criança. Agora será analisada viabilidade financeira.
De acordo com o texto, o Estado arcará com os custos do desenvolvimento e da educação da criança até que venha a ser identificado e responsabilizado o genitor (o estuprador) ou que a criança seja adotada por terceiros. Se identificado o responsável pelo estupro, ele responderá criminalmente e pagará pensão alimentícia.
A iniciativa foi recebida com protestos por entidades feministas favoráveis à legalização do aborto. Elas acreditam que ao beneficiar mulheres vítimas da violência, o Estado está sendo conivente com a violência, dando a um criminoso os direitos de pai e obrigando a mulher a parir. Primeiramente, acredito que o direito à paternidade é uma benção e não uma pena por crime. Uma lei não pode obrigar o vínculo entre mãe, pai e filho. O que mais me preocupa é como a criança vai lidar com esse aspecto de sua história pessoal.
A prática do aborto é proibida no Brasil. O Código Penal brasileiro, no entanto, prevê duas exceções: em caso de gravidez resultante de estupro ou em ocasiões de aborto necessário para salvar a vida da gestante.
Segundo a relatora da proposta, deputada Solange Almeida do PMDB/RJ, o projeto não modifica o que está previsto no Código Penal, apesar de manter o artigo que prevê que é vedado ao Estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores.
Outra polêmica: o projeto cria o Estatuto do Nascituro, estabelecendo os direitos e deveres do ser humano concebido, mas ainda não nascido, incluindo os concebidos in vitro, mesmo antes da transferência para o útero da mulher. Entre os direitos, está a proibição de serem utilizados métodos para diagnóstico pré-natural que causem à mãe ou ao nascituro riscos desproporcionais ou desnecessários. Mas e se for necessária cirurgia de emergência ainda dentro do útero, a justiça terá que decidir?
Para os críticos, este aspecto afeta diretamente as pesquisas com células-tronco e pode inviabilizar esse tipo de estudo científico porque confere aos embriões in vitro o direito inviolável à vida.
Em 2008, o ministro Carlos Ayres Britto considerou improcedente uma ação de inconstitucionalidade que questionava a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias e sustentou a tese de que, para existir vida humana, é necessário que o embrião tenha sido implantado no útero da mãe.
Por fim, sempre fui contra o aborto, apesar de reconhecer o direito da mulher de prosseguir com a gravidez em casos especiais, não porque já está determinado em lei, sigo minha consciência. Imagino a dificuldade de uma mulher que tem que lidar com uma das duas violências: um filho fruto de estupro ou um aborto.
De acordo com o texto, o Estado arcará com os custos do desenvolvimento e da educação da criança até que venha a ser identificado e responsabilizado o genitor (o estuprador) ou que a criança seja adotada por terceiros. Se identificado o responsável pelo estupro, ele responderá criminalmente e pagará pensão alimentícia.
A iniciativa foi recebida com protestos por entidades feministas favoráveis à legalização do aborto. Elas acreditam que ao beneficiar mulheres vítimas da violência, o Estado está sendo conivente com a violência, dando a um criminoso os direitos de pai e obrigando a mulher a parir. Primeiramente, acredito que o direito à paternidade é uma benção e não uma pena por crime. Uma lei não pode obrigar o vínculo entre mãe, pai e filho. O que mais me preocupa é como a criança vai lidar com esse aspecto de sua história pessoal.
A prática do aborto é proibida no Brasil. O Código Penal brasileiro, no entanto, prevê duas exceções: em caso de gravidez resultante de estupro ou em ocasiões de aborto necessário para salvar a vida da gestante.
Segundo a relatora da proposta, deputada Solange Almeida do PMDB/RJ, o projeto não modifica o que está previsto no Código Penal, apesar de manter o artigo que prevê que é vedado ao Estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores.
Outra polêmica: o projeto cria o Estatuto do Nascituro, estabelecendo os direitos e deveres do ser humano concebido, mas ainda não nascido, incluindo os concebidos in vitro, mesmo antes da transferência para o útero da mulher. Entre os direitos, está a proibição de serem utilizados métodos para diagnóstico pré-natural que causem à mãe ou ao nascituro riscos desproporcionais ou desnecessários. Mas e se for necessária cirurgia de emergência ainda dentro do útero, a justiça terá que decidir?
Para os críticos, este aspecto afeta diretamente as pesquisas com células-tronco e pode inviabilizar esse tipo de estudo científico porque confere aos embriões in vitro o direito inviolável à vida.
Em 2008, o ministro Carlos Ayres Britto considerou improcedente uma ação de inconstitucionalidade que questionava a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias e sustentou a tese de que, para existir vida humana, é necessário que o embrião tenha sido implantado no útero da mãe.
Por fim, sempre fui contra o aborto, apesar de reconhecer o direito da mulher de prosseguir com a gravidez em casos especiais, não porque já está determinado em lei, sigo minha consciência. Imagino a dificuldade de uma mulher que tem que lidar com uma das duas violências: um filho fruto de estupro ou um aborto.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Escola com biblioteca agora é lei. Só agora?
Todas as instituições de ensino do país, públicas ou privadas, deverão ter bibliotecas, segundo lei sancionada pelo Presidente da República nesta terça. O texto publicado no Diário Oficial da União informa que além de livros, cada escola deverá oferecer também materiais videográficos e documentos registrados para pesquisa. O acervo mínimo exigido é de um livro por aluno matriculado. As instituições terão 10 anos para instalar espaços para o acervo e cumprir com o determinado por lei.
Recentemente foi divulgado o Primeiro Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado entre setembro e novembro do ano passado. O resultado apontou que apenas 29% das bibliotecas públicas municipais oferece internet para usuários. De todos os 5.565 municípios brasileiros mapeados no ano passado, 420 não contavam com nenhum espaço de leitura.
Se pensarmos na soma das informações, é possível perceber como a educação precisa melhorar seus suportes de ensino, como escolas e as bibliotecas. Precisamos de lei para determinar o óbvio: escola com biblioteca passa a ser obrigatório. E seria bom que obrigassem também a disponibilizar livros e computador com acesso rápido à internet. Agora, esperar até 10 anos para a criação do espaço é um pouco demais, você não acha?
Recentemente foi divulgado o Primeiro Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado entre setembro e novembro do ano passado. O resultado apontou que apenas 29% das bibliotecas públicas municipais oferece internet para usuários. De todos os 5.565 municípios brasileiros mapeados no ano passado, 420 não contavam com nenhum espaço de leitura.
Se pensarmos na soma das informações, é possível perceber como a educação precisa melhorar seus suportes de ensino, como escolas e as bibliotecas. Precisamos de lei para determinar o óbvio: escola com biblioteca passa a ser obrigatório. E seria bom que obrigassem também a disponibilizar livros e computador com acesso rápido à internet. Agora, esperar até 10 anos para a criação do espaço é um pouco demais, você não acha?
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Rémedios para emagrecimento, assunto muito sério
Pela primeira vez, médicos de 11 Estados estão sendo investigados por serem os maiores prescritores de remédios para emagrecer no país. Os conselhos regionais de medicina abriram 62 sindicâncias sigilosas para apurar exageros na recomendação de medicamentos feitos com anfetamina. Quando esses remédios são usados sem necessidade, podem provocar dependência química e danos cardíacos. As mulheres são as principais vítimas da prescrição exagerada, o dobro dos homens, segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
Dados apurados revelaram que especialidades como médico do tráfego, dermatologista e pediatras figuram entre os que mais receitaram drogas para emagrecer. A investigação dos médicos teve como ponto de partida levantamento feito pela Anvisa com base no Sistema Nacional e Gerenciamento de Produtos Controlados. O Brasil consumiu seis toneladas de medicamentos para emagrecer, uma média de 16 quilos por dia. O consumo de medicamentos desbancou o crack, cocaína, maconha e heroína e ocupou o topo da lista de preocupações da Organização Mundial de Saúde.
As informações levam a pelo menos uma conclusão: as mulheres encontram nos médicos a facilidade para o abuso e a dependência dos medicamentos para emagrecimento. Muitas vezes não percebem que estão dependentes, nem enxergam o abuso diante da autorização médica. Quanto têm consciência do problema, sabem que estão buscando o caminho mais fácil para eliminar os quilos a mais tão indesejáveis, mas não medem as consequências.
Então como fazer uso dos remédios para emagrecer sem prejudicar a saúde? Ou, em muitos casos, como buscar outras alternativas e obter o mesmo resultado? Os medicamentos naturais podem trazer resultados interessantes sem prejuízo à saúde?
Voltaremos a conversar sobre o assunto em outra oportunidade.
Dados apurados revelaram que especialidades como médico do tráfego, dermatologista e pediatras figuram entre os que mais receitaram drogas para emagrecer. A investigação dos médicos teve como ponto de partida levantamento feito pela Anvisa com base no Sistema Nacional e Gerenciamento de Produtos Controlados. O Brasil consumiu seis toneladas de medicamentos para emagrecer, uma média de 16 quilos por dia. O consumo de medicamentos desbancou o crack, cocaína, maconha e heroína e ocupou o topo da lista de preocupações da Organização Mundial de Saúde.
As informações levam a pelo menos uma conclusão: as mulheres encontram nos médicos a facilidade para o abuso e a dependência dos medicamentos para emagrecimento. Muitas vezes não percebem que estão dependentes, nem enxergam o abuso diante da autorização médica. Quanto têm consciência do problema, sabem que estão buscando o caminho mais fácil para eliminar os quilos a mais tão indesejáveis, mas não medem as consequências.
Então como fazer uso dos remédios para emagrecer sem prejudicar a saúde? Ou, em muitos casos, como buscar outras alternativas e obter o mesmo resultado? Os medicamentos naturais podem trazer resultados interessantes sem prejuízo à saúde?
Voltaremos a conversar sobre o assunto em outra oportunidade.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
O fim dos alimentos não saudáveis e as pulseiras do sexo
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou, nesta quinta-feira, projeto de lei que obriga creches e escolas do nível fundamental a substituir os alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis. Quem vai definir os critérios são as autoridades sanitárias.
O projeto, de autoria do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), vale para estabelecimentos públicos e privados. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta segue para o Senado.
Os estabelecimentos não poderão oferecer alimentos não saudáveis em suas dependências, sob nenhum pretexto, nem fazer propaganda. As escolas infratoras estarão sujeitas a penas que vão de advertência e multa até o fechamento do estabelecimento.
Já abordei o assunto mais de uma vez aqui no blog porque acho fundamental para a saúde das próximas gerações.Não podemos ficar parados diante do avanço do sobrepeso e da obesidade das crianças. Família e escola devem caminhar na mesma direção para que os bons resultados sejam alcançados.
A propósito, a participação conjunta de família e escola também vale para o uso das pulseiras do sexo. Os pais devem conversar com os filhos sobre as implicações da brincadeira e tomar uma posição. O importante é deixar bem clara a posição, assim como em outros assuntos sobre sexo. Querer que a escola simplesmente proiba não vai funcionar. Os jovens vão dar um jeito de burlar, mas devem conhecer as consequências.
O projeto, de autoria do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), vale para estabelecimentos públicos e privados. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta segue para o Senado.
Os estabelecimentos não poderão oferecer alimentos não saudáveis em suas dependências, sob nenhum pretexto, nem fazer propaganda. As escolas infratoras estarão sujeitas a penas que vão de advertência e multa até o fechamento do estabelecimento.
Já abordei o assunto mais de uma vez aqui no blog porque acho fundamental para a saúde das próximas gerações.Não podemos ficar parados diante do avanço do sobrepeso e da obesidade das crianças. Família e escola devem caminhar na mesma direção para que os bons resultados sejam alcançados.
A propósito, a participação conjunta de família e escola também vale para o uso das pulseiras do sexo. Os pais devem conversar com os filhos sobre as implicações da brincadeira e tomar uma posição. O importante é deixar bem clara a posição, assim como em outros assuntos sobre sexo. Querer que a escola simplesmente proiba não vai funcionar. Os jovens vão dar um jeito de burlar, mas devem conhecer as consequências.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
O fenômeno das comunidades na internet entre as mulheres
Mulheres jovens estão adotando mais as comunidades virtuais do que os homens, que já dão sinais de desisteresse. A mudança ocorreu em apenas dois anos segundo pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia.
O estudo aponta que 67% das mulheres com menos de 40 anos se sentem tão influenciadas pelas comunidades na web quanto pelos sites off-line. Entre os homens, essa influência é de 38%. As comunidades na internet não significam apenas redes sociais como Facebook, Twitter e MySpace, mas incluem também fóruns on-line voltados para hobbies, política ou espiritualidade.
Para o pesquisador Michael Gilbert, as mulheres tendem a adotar novas tecnologias de forma mais lenta do que os homens e quando tomam a decisão, muitas vezes superam em entusiasmo. Os resultados fazem parte de um estudo que acompanhou 2 mil famílias e seus hábitos digitais durante 10 anos.
É um sinal claro da influência das mulheres nas discussões de diversos temas, nas mudanças de hábitos, nas transformações sociais e no poder de decisão que isso representa. Transportando esse quadro para o Brasil em ano eleitoral, é posível imaginar que os candidatos que souberem promover discussões sobre temas pertinentes, para além do escasso tempo de propaganda no rádio e na TV, podem atingir em cheio esse parcela do eleitorado e estimular o interesse da mulher para a política. Não podemos esquecer que as mulheres já são maioria nas universidades, que muitas delas são responsáveis financeiramente pelas famílias e que tem aumentado significativamente o acesso ao computador em casa e em lan houses, aspectos em destaque nas diversas classes sociais do país.
O estudo aponta que 67% das mulheres com menos de 40 anos se sentem tão influenciadas pelas comunidades na web quanto pelos sites off-line. Entre os homens, essa influência é de 38%. As comunidades na internet não significam apenas redes sociais como Facebook, Twitter e MySpace, mas incluem também fóruns on-line voltados para hobbies, política ou espiritualidade.
Para o pesquisador Michael Gilbert, as mulheres tendem a adotar novas tecnologias de forma mais lenta do que os homens e quando tomam a decisão, muitas vezes superam em entusiasmo. Os resultados fazem parte de um estudo que acompanhou 2 mil famílias e seus hábitos digitais durante 10 anos.
É um sinal claro da influência das mulheres nas discussões de diversos temas, nas mudanças de hábitos, nas transformações sociais e no poder de decisão que isso representa. Transportando esse quadro para o Brasil em ano eleitoral, é posível imaginar que os candidatos que souberem promover discussões sobre temas pertinentes, para além do escasso tempo de propaganda no rádio e na TV, podem atingir em cheio esse parcela do eleitorado e estimular o interesse da mulher para a política. Não podemos esquecer que as mulheres já são maioria nas universidades, que muitas delas são responsáveis financeiramente pelas famílias e que tem aumentado significativamente o acesso ao computador em casa e em lan houses, aspectos em destaque nas diversas classes sociais do país.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Melhoria da Saúde nos EUA e no Brasil também
A parcela da população brasileira que tem plano de saúde aumentou entre 1998 e 2008, passando de 24,5% para 26,3% no período, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em convênio com o Ministério da Saúde. Em 2008, havia 49,1 milhões de pessoas com plano no País.
O aumento ocorreu tanto na área rural, onde o porcentual da população com plano de saúde passou de 5,8% para 6,7% dez anos depois, quanto na área urbana, período em que a fatia foi de 20,2% para 29,7%. No ano de 2008, nas regiões Sudeste (35,6%) e Sul (30,0%) os percentuais com plano eram quase três vezes maiores que no Norte (13,3%) e Nordeste (13,2%).
Mais dados da pesquisa: 77,5% das pessoas que tinham plano de saúde em 2008 estavam vinculadas a planos de empresas privadas e 22,5% a planos de assistência ao servidor público. Além disso, apenas 2,3% das pessoas em domicílios com rendimento per capita de até um quarto do salário mínimo tinham plano de saúde, enquanto 82,5% dos que tinham rendimento acima de cinco salários mínimos tinham plano.
O percentual de mulheres cobertas por plano de saúde (26,8%) era, em 2008, maior do que o dos homens (24,9%), mas 60,8% destas mulheres eram associadas como dependentes, enquanto 42,5% dos homens se enquadravam nessa situação.
Lá nos EUA, o presidente Barack Obama sancionou a última parte da reforma do sistema de saúde, uma das mais importantes promessas de campanha. Obama assinou os destaques à reforma aprovados pelos parlamentares para tornar os planos de saúde mais acessíveis. A reforma vai ampliar a cobertura para 32 milhões de americanos que até hoje não tinham seguro de saúde e é considerada a maior mudança na política de saúde do país nos últimos 40 anos.
Então, nos Estados Unidos 32 milhões não têm seguro de saúde e no Brasil, mesmo com o crescimento apontado, esse número deve estar em torno dos 142 milhões.
Segundo estimativas do IBGE, em 2009 nossa população estava em 191 milhões. Claro que fiz essa conta com base nos que não possuem um plano de saúde particular. Todos podemos utilizar a estrutura conveniada ao SUS, nosso Sistema Único de Saúde, que varia muito de qualidade em todo país. Pacientes ainda morrem nas filas de atendimento dos hospitais, crianças recém-nascidas morrem por inffecção em maternidades do país. A parcela mais pobre da população continua desamparada.
Quando virá a grande revolução na saúde do Brasil, caros eleitores?
O aumento ocorreu tanto na área rural, onde o porcentual da população com plano de saúde passou de 5,8% para 6,7% dez anos depois, quanto na área urbana, período em que a fatia foi de 20,2% para 29,7%. No ano de 2008, nas regiões Sudeste (35,6%) e Sul (30,0%) os percentuais com plano eram quase três vezes maiores que no Norte (13,3%) e Nordeste (13,2%).
Mais dados da pesquisa: 77,5% das pessoas que tinham plano de saúde em 2008 estavam vinculadas a planos de empresas privadas e 22,5% a planos de assistência ao servidor público. Além disso, apenas 2,3% das pessoas em domicílios com rendimento per capita de até um quarto do salário mínimo tinham plano de saúde, enquanto 82,5% dos que tinham rendimento acima de cinco salários mínimos tinham plano.
O percentual de mulheres cobertas por plano de saúde (26,8%) era, em 2008, maior do que o dos homens (24,9%), mas 60,8% destas mulheres eram associadas como dependentes, enquanto 42,5% dos homens se enquadravam nessa situação.
Lá nos EUA, o presidente Barack Obama sancionou a última parte da reforma do sistema de saúde, uma das mais importantes promessas de campanha. Obama assinou os destaques à reforma aprovados pelos parlamentares para tornar os planos de saúde mais acessíveis. A reforma vai ampliar a cobertura para 32 milhões de americanos que até hoje não tinham seguro de saúde e é considerada a maior mudança na política de saúde do país nos últimos 40 anos.
Então, nos Estados Unidos 32 milhões não têm seguro de saúde e no Brasil, mesmo com o crescimento apontado, esse número deve estar em torno dos 142 milhões.
Segundo estimativas do IBGE, em 2009 nossa população estava em 191 milhões. Claro que fiz essa conta com base nos que não possuem um plano de saúde particular. Todos podemos utilizar a estrutura conveniada ao SUS, nosso Sistema Único de Saúde, que varia muito de qualidade em todo país. Pacientes ainda morrem nas filas de atendimento dos hospitais, crianças recém-nascidas morrem por inffecção em maternidades do país. A parcela mais pobre da população continua desamparada.
Quando virá a grande revolução na saúde do Brasil, caros eleitores?
quarta-feira, 17 de março de 2010
Mudanças na lei do silêncio urbano em São Paulo: durma com um barulho desse.
Entrou em vigor a lei que altera o Programa de Silêncio Urbano da prefeitura de São Paulo. A proposta do vereador Carlos Apolinário, do DEM, vetada pelo prefeito Kassab no ano passado, foi aprovada pela Câmara Municipal e publicada no Diário Oficial. Entre as alterações, está a redução do valor das multas, que passa de 4 a 17 mil reais para no máximo 8 mil reais.Também haverá mudança no local da medição, que agora passa a ser feita no local de onde partir a reclamação. A ação deverá ser feita na presença do denunciante, do denunciado e de testemunhas, não haverá mais denúncias anônimas. O estabelecimento fora da lei passará a ter 90 dias para se adaptar.
Não dá para entender o porquê de piorar o que estava funcionando razoavelmente. Pensando melhor, só mesmo para defender interesses específicos em lugar do bem estar da população geral. A cidade de São Paulo está cada vez mais barulhenta, uma mistura de sons que vem de obras espalhadas por todo canto nesse ano eleitoral, da falta de bom senso de motoristas afoitos que não pensam duas vezes para buzinar. Isso tudo sem falar do derespeito à lei do silêncio nas mais diversas formas. São vizinhos barulhentos, igrejas evangélicas e bares.
Além de diminuir o valor da multa, inibe a denúncia na medida em que é possível sofrer represálias. Não dá para aceitar, o jeito é reclamar e prestar atenção em quem trabalha contra os interesses da maioria.
Não dá para entender o porquê de piorar o que estava funcionando razoavelmente. Pensando melhor, só mesmo para defender interesses específicos em lugar do bem estar da população geral. A cidade de São Paulo está cada vez mais barulhenta, uma mistura de sons que vem de obras espalhadas por todo canto nesse ano eleitoral, da falta de bom senso de motoristas afoitos que não pensam duas vezes para buzinar. Isso tudo sem falar do derespeito à lei do silêncio nas mais diversas formas. São vizinhos barulhentos, igrejas evangélicas e bares.
Além de diminuir o valor da multa, inibe a denúncia na medida em que é possível sofrer represálias. Não dá para aceitar, o jeito é reclamar e prestar atenção em quem trabalha contra os interesses da maioria.
quarta-feira, 3 de março de 2010
AIDS, violência contra a mulher e preconceito
A infecção pelo vírus HIV se transformou na principal causa de mortes e doenças de mulheres em idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos) no mundo. A Unaids advertiu que até 70% das mulheres no mundo sofrem violência que prejudica a capacidade de negociar relações sexuais seguras com seus parceiros. Elas podem estar sendo forçadas a fazer sexo sem preservativo, o que aumenta a chance de contaminação.
De acordo com a Unaids, em dezembro de 2008, dos 33 milhões e 400 mil pessoas que viviam com o HIV no mundo, quase a metade mulheres. Na África subsaariana, 60% das pessoas que tem o HIV são do sexo feminino. Na África do Sul, mulheres jovens têm probabilidade três vezes maior de ser infectadas com o HIV do que os jovens. Segundo a ONU, cerca de 30 anos depois do início da epidemia do vírus, os serviços para portadores não atendem de forma adequada as necessidades específicas de mulheres e adolescentes.
O plano lançado pela agência especificou alguns pontos de ação para que a ONU possa trabalhar junto com governos de vários países, sociedade civil e outros parceiros: a melhora na coleta de informações e análise de como a epidemia afeta mulheres e a garantia de que a questão da violência contra a mulher seja incluída nos programas de prevenção do HIV. O Brasil e vários outros países da América do Sul, da África e da Europa participam da iniciativa.
Depois de ler a matéria na BBC e analisar o assunto, acredito que a dominação masculina sobre a mulher em sociedades mais atrasadas, a falta de formação educacional e as insipientes políticas públicas para mulheres nos países pobres levam ao atraso na mudança de comportamento que se perpetua de geração para geração. Apesar do Brasil ser exemplo para outros países no tratamento oferecido aos portadores do vírus, aqui também certos costumes precisam mudar.
A mulher brasileira parece ser mais liberal, mas ainda não sabe impor sua vontade durante as relações sexuais. Entre outras coisas, ela não obriga o homem a usar a camisinha e confia no parceiro ou na estabilidade da relação. Na verdade, ela foge do enfrentamento, desse tipo de discussão. Por que é tão difícil mudar? Porque ainda é difícil falar de sexo sem preconceitos.
E você, o que pensa sobre a assunto?
De acordo com a Unaids, em dezembro de 2008, dos 33 milhões e 400 mil pessoas que viviam com o HIV no mundo, quase a metade mulheres. Na África subsaariana, 60% das pessoas que tem o HIV são do sexo feminino. Na África do Sul, mulheres jovens têm probabilidade três vezes maior de ser infectadas com o HIV do que os jovens. Segundo a ONU, cerca de 30 anos depois do início da epidemia do vírus, os serviços para portadores não atendem de forma adequada as necessidades específicas de mulheres e adolescentes.
O plano lançado pela agência especificou alguns pontos de ação para que a ONU possa trabalhar junto com governos de vários países, sociedade civil e outros parceiros: a melhora na coleta de informações e análise de como a epidemia afeta mulheres e a garantia de que a questão da violência contra a mulher seja incluída nos programas de prevenção do HIV. O Brasil e vários outros países da América do Sul, da África e da Europa participam da iniciativa.
Depois de ler a matéria na BBC e analisar o assunto, acredito que a dominação masculina sobre a mulher em sociedades mais atrasadas, a falta de formação educacional e as insipientes políticas públicas para mulheres nos países pobres levam ao atraso na mudança de comportamento que se perpetua de geração para geração. Apesar do Brasil ser exemplo para outros países no tratamento oferecido aos portadores do vírus, aqui também certos costumes precisam mudar.
A mulher brasileira parece ser mais liberal, mas ainda não sabe impor sua vontade durante as relações sexuais. Entre outras coisas, ela não obriga o homem a usar a camisinha e confia no parceiro ou na estabilidade da relação. Na verdade, ela foge do enfrentamento, desse tipo de discussão. Por que é tão difícil mudar? Porque ainda é difícil falar de sexo sem preconceitos.
E você, o que pensa sobre a assunto?
terça-feira, 2 de março de 2010
Vencedoras do Troféu Mulher Imprensa 2010
Depois da indicação de um júri especializado em cada mídia, que determinou as finalistas em 14 categorias, e um mês de votações abertas aos internautas do Portal IMPRENSA, chegou ao final mais uma edição do "Troféu Mulher Imprensa", que comemora a marca de mais de 40 mil votos validados. A característica mais marcante desta sexta edição foi, certamente, a disputa acirrada e o resultado apertado verificado na maior parte das categorias.
As vencedoras ganharão troféu comemorativo, em evento especial a ser realizado no próximo dia 08 de março, "Dia Internacional da Mulher". Até a data da festa, serão publicados dia-a-dia perfis das finalistas e depoimentos de colegas de profissão no Portal IMPRENSA e também no hot site especial do prêmio. As vencedoras:
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Taís Lobo - A4 Comunicação - 19,20%
DIRETORA DE REDAÇÃO
Claudia Vassalo - Revista Exame - 23,40%
FOTOJORNALISMO
Lenise Pinheiro - fotógrafa freelancer - 37,88%
IMPRESSO - REPÓRTER DE JORNAL
Renata Cafardo - O Estado de S. Paulo - 32,91%
IMPRESSO - REPÓRTER DE REVISTA
Eliane Brum - Época - 23,14%
IMPRESSO - COLUNISTA
Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo - 35,13%
RÁDIO - ÂNCORA DE RÁDIO
Daniela Florenzano - Rádio SulAmérica Trânsito - 31,89%
RÁDIO - REPÓRTER DE RÁDIO
Carolina Ercolin - Rádio Bandeirantes - 39,76%
RÁDIO - COMENTARISTA/COLUNISTA DE RÁDIO
Lucia Hippolito - CBN - 25,00%
TV - ÂNCORA DE TELEJORNAL
Ticiana Villas Boas - "Jornal da Band" - Band - 21,21%
TV - REPÓRTER DE TELEJORNAL
Monalisa Perrone - TV Globo - 27,93%
TV - COMENTARISTA/COLUNISTA TV
Miriam Leitão - TV Globo - 32,76%
WEB - REPÓRTER SITE NOTÍCIAS
Daniela Braun - IDG NOW! - 22,91%
WEB - JORNALISTA MÍDIAS SOCIAIS
Rosana Hermann - Blog Querido Leitor - 24,97%
Parabenizo todas as finalistas e também as vencedoras. Concorri pelo quarto ano consecutivo (este ano representando a Rádio Cultura FM), ganhei dois Troféus como melhor âncora de rádio em 2008 e 2009 (pela Rádio CBN) e estou muito orgulhosa de perceber que a cada ano a disputa é maior, reflexo da nossa participação nessa sociedade. Agradeço a torcida e os votos recebidos que não foram poucos. Ano que vem tem mais.
As vencedoras ganharão troféu comemorativo, em evento especial a ser realizado no próximo dia 08 de março, "Dia Internacional da Mulher". Até a data da festa, serão publicados dia-a-dia perfis das finalistas e depoimentos de colegas de profissão no Portal IMPRENSA e também no hot site especial do prêmio. As vencedoras:
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Taís Lobo - A4 Comunicação - 19,20%
DIRETORA DE REDAÇÃO
Claudia Vassalo - Revista Exame - 23,40%
FOTOJORNALISMO
Lenise Pinheiro - fotógrafa freelancer - 37,88%
IMPRESSO - REPÓRTER DE JORNAL
Renata Cafardo - O Estado de S. Paulo - 32,91%
IMPRESSO - REPÓRTER DE REVISTA
Eliane Brum - Época - 23,14%
IMPRESSO - COLUNISTA
Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo - 35,13%
RÁDIO - ÂNCORA DE RÁDIO
Daniela Florenzano - Rádio SulAmérica Trânsito - 31,89%
RÁDIO - REPÓRTER DE RÁDIO
Carolina Ercolin - Rádio Bandeirantes - 39,76%
RÁDIO - COMENTARISTA/COLUNISTA DE RÁDIO
Lucia Hippolito - CBN - 25,00%
TV - ÂNCORA DE TELEJORNAL
Ticiana Villas Boas - "Jornal da Band" - Band - 21,21%
TV - REPÓRTER DE TELEJORNAL
Monalisa Perrone - TV Globo - 27,93%
TV - COMENTARISTA/COLUNISTA TV
Miriam Leitão - TV Globo - 32,76%
WEB - REPÓRTER SITE NOTÍCIAS
Daniela Braun - IDG NOW! - 22,91%
WEB - JORNALISTA MÍDIAS SOCIAIS
Rosana Hermann - Blog Querido Leitor - 24,97%
Parabenizo todas as finalistas e também as vencedoras. Concorri pelo quarto ano consecutivo (este ano representando a Rádio Cultura FM), ganhei dois Troféus como melhor âncora de rádio em 2008 e 2009 (pela Rádio CBN) e estou muito orgulhosa de perceber que a cada ano a disputa é maior, reflexo da nossa participação nessa sociedade. Agradeço a torcida e os votos recebidos que não foram poucos. Ano que vem tem mais.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Fim da ditadura da magreza na moda
"Chegou a um nível irresponsável e escandaloso a magreza das modelos nas semanas brasileiras de moda...Para uma semana de moda, que postula um lugar forte na sociedade brasileira, é um disparate e uma afronta que ela exiba a decrepitude física como modelo a milhões de adolescentes do país. Para a moda como um todo, que vive do sonho de embelezar a existência, a forma como os agentes e os estilistas lidam com essas moças é não apenas cruel, mas uma blasfêmia. Eles, de fato, não estão afirmando a grandeza da vida, mas propagando a fraqueza e a moléstia."
Este é um trecho do excelente artigo escrito por Alcino Leite Neto, editor de moda do Jornal Folha de São Paulo. Parte da cobertura da SPFW, a São Paulo Fashion Week, importante evento do calendário mundial da moda, a análise destaca que o sacrifício físico das modelos deve ter um fim. Alcino lembra que moda combina com beleza e saúde e não com doença. Doença, sim, é o que estas modelos magérrimas desfilam pelas passarelas do Brasil e do mundo, ao ponto disto chamar mais a atenção que as próprias criações.
Há algum tempo, se esboçou uma tímida reação sobre o fim da ditadura da magreza na moda e mais uma vez o assunto caiu no esquecimento. Isto tem que acabar. Somente os agentes e estilistas de moda podem mudar essa realidade, mas todos podem protestar contra esse absurdo e exigir a mudança dos padrões.
Qual sua opinião sobre o assunto?
Este é um trecho do excelente artigo escrito por Alcino Leite Neto, editor de moda do Jornal Folha de São Paulo. Parte da cobertura da SPFW, a São Paulo Fashion Week, importante evento do calendário mundial da moda, a análise destaca que o sacrifício físico das modelos deve ter um fim. Alcino lembra que moda combina com beleza e saúde e não com doença. Doença, sim, é o que estas modelos magérrimas desfilam pelas passarelas do Brasil e do mundo, ao ponto disto chamar mais a atenção que as próprias criações.
Há algum tempo, se esboçou uma tímida reação sobre o fim da ditadura da magreza na moda e mais uma vez o assunto caiu no esquecimento. Isto tem que acabar. Somente os agentes e estilistas de moda podem mudar essa realidade, mas todos podem protestar contra esse absurdo e exigir a mudança dos padrões.
Qual sua opinião sobre o assunto?
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Mais uma vez, o importante trabalho do Brasil no Haiti
A embaixadora do Brasil junto às Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse em entrevista à rádio ONU que está profundamente consternada com a situação do Haiti. Ela afirmou que engenheiros e militares brasileiros que atuam na Missão da ONU no país, Minustah, já estão auxiliando as equipes de resgate. Ouça:
http://www.spallnews.com/som.php?codigo=2819
http://www.spallnews.com/som.php?codigo=2819
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Proibir anúncios em TV, assunto sempre polêmico
Li hoje na BBC Brasil, mais uma notícia sobre assunto que me interessa por tratar do limite do Estado em interferir na vida das pessoas. O Parlamento da Espanha aprovou lei que proíbe a exibição na TV de anúncios que "exaltem o culto ao corpo" das 6h às 22h.
Estão na mira anúncios de produtos de emagrecimento, tratamentos de beleza e cirurgias estéticas, que, na visão dos parlamentares, associam a imagem de sucesso com a de padrões físicos e representam influências negativas para crianças e jovens.
Segundo o governo, a lei também ajudará a evitar a propagação de transtornos como a anorexia e a bulimia. A nova medida livra apenas os alimentos descritos como “baixos em calorias” ou “light”.
Dá para entender o tamanho da reação das indústrias e do mercado publicitário, anunciantes
ameaçam recorrer a tribunais internacionais. As campanhas publicitárias do setor arrecadam mais de 500 milhões de euros por ano na Espanha, segundo dados do Ministério de Indústria.
A primeira pergunta: o governo está abusando do direito de legislar e interferindo na vida das pessoas?
O governo insiste no argumento da defesa dos menores. Por isso, a lei de audiovisual restringe ainda os anúncios de cigarros, álcool, pornografia e jogos de azar, além de filmes, séries e propagandas com “violência gratuita”, que só podem aparecer nas telinhas entre 22h e 6h da manhã.
A decisão do Estado tem o apoio de instituições como a Associação de Usuários de Comunicação e a Confederação Espanhola de Pais e Mães de Alunos.
Acredito que temos que escolher que sociedade queremos, que valores vamos priorizar e que interesse vamos defender. Em frente da TV está todo tipo de consumidor, incluindo crianças e adolescentes cada vez mais preocupados com a estética da magreza muitas vezes dissociada da questão da saúde. A TV presta um serviço, pagamos por isso e precisamos exigir a qualidade desse serviço, do conteúdo dos programas aos comerciais veiculados. Quem vai pagar essa conta é assunto sim do Estado. Esse é meu ponto de vista.
E você que opinião tem sobre o assunto?
Estão na mira anúncios de produtos de emagrecimento, tratamentos de beleza e cirurgias estéticas, que, na visão dos parlamentares, associam a imagem de sucesso com a de padrões físicos e representam influências negativas para crianças e jovens.
Segundo o governo, a lei também ajudará a evitar a propagação de transtornos como a anorexia e a bulimia. A nova medida livra apenas os alimentos descritos como “baixos em calorias” ou “light”.
Dá para entender o tamanho da reação das indústrias e do mercado publicitário, anunciantes
ameaçam recorrer a tribunais internacionais. As campanhas publicitárias do setor arrecadam mais de 500 milhões de euros por ano na Espanha, segundo dados do Ministério de Indústria.
A primeira pergunta: o governo está abusando do direito de legislar e interferindo na vida das pessoas?
O governo insiste no argumento da defesa dos menores. Por isso, a lei de audiovisual restringe ainda os anúncios de cigarros, álcool, pornografia e jogos de azar, além de filmes, séries e propagandas com “violência gratuita”, que só podem aparecer nas telinhas entre 22h e 6h da manhã.
A decisão do Estado tem o apoio de instituições como a Associação de Usuários de Comunicação e a Confederação Espanhola de Pais e Mães de Alunos.
Acredito que temos que escolher que sociedade queremos, que valores vamos priorizar e que interesse vamos defender. Em frente da TV está todo tipo de consumidor, incluindo crianças e adolescentes cada vez mais preocupados com a estética da magreza muitas vezes dissociada da questão da saúde. A TV presta um serviço, pagamos por isso e precisamos exigir a qualidade desse serviço, do conteúdo dos programas aos comerciais veiculados. Quem vai pagar essa conta é assunto sim do Estado. Esse é meu ponto de vista.
E você que opinião tem sobre o assunto?
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