Há muito tempo que se ouve dizer que há um exagero no uso de cesáreas, na maioria dos casos utilizado como procedimento de rotina quando deveria ser o último recurso no momento do parto, quando estritamente necessário.
Justamente com a intenção de reduzir o número de cesáreas no país, o Ministério Público Federal entrou com uma ação na Justiça para obrigar a Agência Nacional de Saúde Suplementar a criar regras para partos feitos por meio de planos de saúde.
Nos convênios, cerca de 80% das crianças chegam ao mundo por cesárea, uma número absurdo em relação a outros países. Muitos obstetras estimulam a cesárea pela conveniência de fazer a cirurgia com hora marcada. Assim, evitam o incômodo de serem acordados de madrugada
para fazer um parto.
Uma das medidas pedidas na ação é que os planos forneçam uma relação com o número de partos normais e cesáreas realizados nos hospitais credenciados. Também serão obrigados a disponibilizar enfermeiros obstetras para a realização do parto normal. Além disso, deverá ser estabelecido um plano de remuneração aos profissionais com valores bem mais altos para o parto normal.
Cerca de 26% da população do país tem plano de saúde. Em São Paulo, o índice supera os 40%. A ANS informou que ainda não foi notificada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário