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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A emergência da classe média é confirmada por estudo da FGV

Desde o ano passado a chamada nova classe média representa mais da metade da população brasileira, enquanto o número de pessoas nas classes de mais baixa renda vem caindo. De acordo com o relatório 'A Nova Classe Média', divulgado pela Fundação Getúlio Vargas , o processo de emergência da classe média no Brasil foi motivado pela redução da desigualdade, mesmo durante a crise financeira mundial.


A pesquisa mostra que esta parcela da população foi a que mais cresceu entre 2003 e 2009, chegando a abranger 94,9 milhões de pessoas, o equivalente a 50,5% do total da população. No mesmo período, mais de 20 milhões de brasileiros subiram para as classes A e B, de renda maior. Os brasileiros que se enquadravam nas classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões de pessoas. 'Como a desigualdade caiu e a economia está crescendo, as pessoas são empurradas de baixo para cima, foi o que aconteceu no Brasil no período de 2003 a 2009 e é isso que está acontecendo agora', explicou Marcelo Néri, coordenador da pesquisa. 


O deslocamento dos brasileiros para classes de renda mais altas revela, segundo ele, o investimento da população em educação e o aumento da oferta de empregos formais em um processo sustentável. 'O brasileiro fez o dever de casa, gerou renda e está trazendo renda para casa porque trabalha e estuda. Ele é o grande personagem dessa emergência da classe média, ele que fez esse processo', avalia Néri.


Bastante significativa a conclusão do estudo da FGV. O brasileiro agarrou a oportunidade quando lhe foi oferecida. Hoje essa parcela considerável da população do país consegue estudar (mesmo que a educação esteja longe do ideal), trabalhar (ainda precisamos de mais ofertas de emprego, especialmente para os jovens) e consumir. Com a melhora das condições de vida, o cidadão se fortalece pois consegue se fortalecer e buscar a ascensão social.


Por fim, Marcelo Néri confirma que o Brasil está cumprindo a Meta do Milênio na metade do tempo previsto. 'A pobreza tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%, taxa que foi registrada no ano de crise'. 


Estamos sim no caminho certo, apesar dos pesares!



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