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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Proibir anúncios em TV, assunto sempre polêmico

Li hoje na BBC Brasil, mais uma notícia sobre assunto que me interessa por tratar do limite do Estado em interferir na vida das pessoas. O Parlamento da Espanha aprovou lei que proíbe a exibição na TV de anúncios que "exaltem o culto ao corpo" das 6h às 22h.
Estão na mira anúncios de produtos de emagrecimento, tratamentos de beleza e cirurgias estéticas, que, na visão dos parlamentares, associam a imagem de sucesso com a de padrões físicos e representam influências negativas para crianças e jovens.
Segundo o governo, a lei também ajudará a evitar a propagação de transtornos como a anorexia e a bulimia. A nova medida livra apenas os alimentos descritos como “baixos em calorias” ou “light”.
Dá para entender o tamanho da reação das indústrias e do mercado publicitário, anunciantes
ameaçam recorrer a tribunais internacionais. As campanhas publicitárias do setor arrecadam mais de 500 milhões de euros por ano na Espanha, segundo dados do Ministério de Indústria.
A primeira pergunta: o governo está abusando do direito de legislar e interferindo na vida das pessoas?
O governo insiste no argumento da defesa dos menores. Por isso, a lei de audiovisual restringe ainda os anúncios de cigarros, álcool, pornografia e jogos de azar, além de filmes, séries e propagandas com “violência gratuita”, que só podem aparecer nas telinhas entre 22h e 6h da manhã.
A decisão do Estado tem o apoio de instituições como a Associação de Usuários de Comunicação e a Confederação Espanhola de Pais e Mães de Alunos.
Acredito que temos que escolher que sociedade queremos, que valores vamos priorizar e que interesse vamos defender. Em frente da TV está todo tipo de consumidor, incluindo crianças e adolescentes cada vez mais preocupados com a estética da magreza muitas vezes dissociada da questão da saúde. A TV presta um serviço, pagamos por isso e precisamos exigir a qualidade desse serviço, do conteúdo dos programas aos comerciais veiculados. Quem vai pagar essa conta é assunto sim do Estado. Esse é meu ponto de vista.
E você que opinião tem sobre o assunto?

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