O controlador-geral da União, ministro Jorge Hage, disse que a CGU recebe, em média, 5 mil denúncias de corrupção e práticas irregulares no serviço público por ano e mais da metade resulta em algum tipo de investigação Brasília.“No início, a população tinha medo de denunciar. Com o passar do tempo, ganhou confiança e as nossas equipes chegavam nas cidades e não conseguiam sair por conta de tantas denúncias".
O último levantamento da CGU mostrou que mais de 2 mil servidores foram expulsos do serviço público de 2003 a 2009. Desse total, 166 ocupavam cargos de direção, confiança ou estratégicos.
Apesar de ter instituído um corregedor em cada ministério, os processos envolvendo autoridades em cargos de influência são investigados pela própria Controladoria. O objetivo é combater o corporativismo.
As atividades em que o servidor mantém contato com a iniciativa privada têm atenção redobrada, pois o risco de propina e conflitos de interesse é maior. Os exemplos são a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura, a Previdência Social e as agências reguladoras.
É animador saber que a população está reagindo. Esta é a única forma de melhorar o serviço público e fazer valer os direitos do cidadão. De outro lado, parece significativo que servidores de alto escalão também estejam sendo punidos. Por isso, vamos continuar denunciando, somos os verdadeiros fiscalizadores. A população pode fazer as denúncias por meio da página da CGU na internet (www.cgu.gov.br) ou na área de protocolo da instituição.
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