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domingo, 8 de março de 2009

Dia da Mulher

Um tema recorrente: a violência contra mulheres e meninas já se tornou uma pandemia. De acordo com a ONU (Organizações das Nações Unidas), pelo menos uma em cada três mulheres no mundo já foi agredida, forçada a ter relações sexuais ou abusada. O problema é tão crônico que mesmo em países desenvolvidos da violência contra a mulher é ainda latente. Com o propósito de erradicar este tipo de violação, a ONU definiu como tema deste 8 de março "Mulheres e homens unidos para acabar com a violência contra mulheres e meninas".

Dados sobre a estrutura da nossa sociedade: cada vez mais as mulheres brasileiras são chefes de família, participam do mercado de trabalho e continuam acumulando a maioria das tarefas domésticas, dados de uma pesquisa do IPEA. Os resultados indicam 'exaustivas' jornadas de trabalho - remunerado e não-remunerado - para as mulheres, além de um aumento das desigualdades de gênero no país.

Agora a política: o Segundo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres lançado pelo governo em março do ano passado tinha entre suas metas o aumento no número de vereadoras eleitas nas eleições 2008. Nas urnas, o resultado ficou longe do esperado, com as mulheres ocupando apenas 12,5% dos cargos em disputa, percentual praticamente idêntico ao do pleito de 2004. O plano tem metas também para as eleições de 2010, de aumento em 20% no número de mulheres no Parlamento Nacional e nas Assembleias Legislativas Estaduais.

Violência, trabalho, família, democracia e outros tantos desafios. A mulher agregou várias responsabilidades, está melhor preparada para enfrentar resistências na sociedade e tenta conciliar diariamente sua sensibilidade feminina com o impulso masculino de realização. Mas falta dar um passo ousado em direção aos postos mais altos na sociedade, inclusive no Congresso e no Poder Judiciário. É urgente a aprovação de medidas que complementem a lei que estabelece cota para a candidatura de mulheres. Enquanto outros países caminharam, o Brasil está atrasado na questão da participação feminina. Os especialistas defendem leis como essa e, é claro, a mudança cultural para ampliar a participação na política. Sem isso, não vamos conseguir aperfeiçoar nossa democracia e nossa sociedade em desenvolvimento.

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