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domingo, 15 de março de 2009

Presa primeira oficial na história da PM acusada de corrupção

Neste sábado, aconteceu pela primeira vez a prisão de uma policial. Elisabete Soliman é a primeira oficial detida na história da PM, acusada de receber R$ 30 mil por mês de propina. A Polícia Militar de São Paulo suspeita que a tenente-coronel tenha praticado crime de corrupção em esquema de facilitação de caça-níqueis e também extorsão de perueiros ilegais na Grande São Paulo. Sobre ela ainda recai a suspeita de prevaricação.

De acordo com o coronel Wagner César Gomes de Oliveira Pinto, do Comando de Policiamento Metropolitano Guarulhos, há "fortes indícios" de que a oficial tenha praticado esses crimes. Ela comandava o 31º Batalhão da PM em Guarulhos e estava afastada da função desde o final de dezembro de 2008 por causa da investigação. Ao todo, dez policiais do mesmo batalhão foram presos desde fevereiro. O grupo é investigado por extorsão, concussão, peculato, desvio de cargas e prevaricação em Santa Isabel e Arujá, cidades da região metropolitana de São Paulo..

A prisão de ontem foi resultado da delação premiada feita pelo primeiro-tenente Antônio Domingos de Souza Neto, subordinado de Soliman. Todos os suspeitos desses crimes negam as denúncias.São vários os crimes praticados por quem deveria combater crimes, cometidos por membros das Polícias Civil e Militar. De outro lado, incansavelmente, o trabalho do Minstério Público e das Corregedorias. Vamos há alguns exemplos.

Em fevereiro, o delegado Marcelo Teixeira Lima que chefiou a equipe que recuperou as telas milionárias furtadas do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2007, e outros cinco policiais civis do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic) foram denunciados à Justiça por sequestro, extorsão e furto a um traficante de drogas ligado a uma facção criminosa que age nos presídios. A justiça também decretou a prisão dos suspeitos, três policiais foram demitidos. Esse é um dos processos de expulsão que estão sendo revistos na Polícia Civil de São Paulo e no Ministério Público. Os agentes também são suspeitos de pagar R$ 300 mil para comprar uma decisão favorável a eles na Justiça.

No início do mês, mais denúncias de policiais militares suspeitos de participar de um grupo de extermínio que atuava no Capão Redondo e Jardim Ângela, na Zona Sul da capital, e cuja principal característica é decapitar e decepar as mãos e pés das vítimas, para dificultar a identificação. Os corpos eram abandonados em um terreno, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Quinze policiais estão presos.

O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, disse na tarde de sexta-feira, em entrevista coletiva, que as denúncias de corrupção supostamente envolvendo policiais civis e militares nos últimos dias desgastam a imagem da polícia de São Paulo. Disso não temos nenhuma dúvida, os péssimos exemplos sempre se sobrepõem ao bom trabalho realizado. O que você pensa disso? E sobre o envolvimento de uma mulher em corrupção na polícia?

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