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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Uso do Enem como seleção para universidade gera estresse no aluno, diz educador

Essa semana meu foco é a educação como você pode perceber. São tantos os desafios ainda, da escola fundamental à universidade. Hoje o assunto é o vestibular, alegria e tormento de pais e estudantes e que agora deve passar por uma reformulação.

A mudança imediata do vestibular tradicional pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a entrada na universidade está gerando estresse em alunos que, durante sua vida escolar, foram preparados para a seleção nos moldes atuais. A avaliação foi feita pelo idealizador e coordenador do Guia Enem, Carlos Piatto, durante o 16º Congresso Internacional de Educação, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Segundo ele, o uso do Enem como prova de seleção para o ensino superior é uma tendência, já que isso consta dos documentos do projeto, mas ainda há necessidade de alterações. O Enem, como está planejado, não é suficiente para selecionar o aluno que entrará ou não na universidade, por isso a proposta de mudança e o aumento do número de questões são importantes. “Você não consegue comparar a nota de um Enem com os anos anteriores, então não dá para ver se o aluno que fez duas provas diferentes teve nota melhor ou pior porque as provas foram diferentes.

Piatto acredita que muitas das instituições utilizarão o Enem como primeira fase de seu processo seletivo para depois, na segunda etapa, realizar de fato a seletividade necessária em alguns cursos. Ele cita instituições que têm candidatos extremamente capacitados, para os quais a prova do Enem não seria suficiente em sua seleção, como é o caso do ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutica.


Na avaliação de Piatto, quem está preparado para o vestibular também está preparado para o Enem, mas o grande problema é que o aluno é condicionado a pensar de uma determinada maneira, porque pensa nas matérias de forma separada e procura resolver primeiro os exercícios das disciplinas de que mais gosta ou que sabe melhor.

E ainda temos um grande desafio, lembra o educador: a principal competência do exame é a leitura e a interpretação. “Esse aluno tem sérias dificuldades na sua formação, que o afetam. É um problema a ser trabalhado constantemente. O desenvolvimento dessa competência leitora é função de todos todos os professores, não só dos de língua portuguesa”.

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