Sob risco de novos apagões, o governo de São Paulo vai propor que grandes consumidores do Estado, entre eles empreendimentos comerciais e residenciais, gerem a própria energia com geradores e saiam do sistema elétrico nos horários de pico. A proposta é do secretário de Energia de São paulo, José Aníbal, como uma das alternativas para o consumidor evitar o colapso do sistema. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
No mais recente apagão, um problema de transmissão deixou cerca de 2,5 milhões de pessoas sem energia na capital. O governo admite que novos apagões podem ocorrer na zona sul, principal região afetada dessa vez, e também na zona norte e na região do ABC. Porém, o governo não pretende tornar a medida obrigatória.
O risco de colapso no abastecimento em São Paulo é conhecido há pelo menos três anos. Na época, os técnicos colocavam como urgência a construção de uma subestação para amenizar o risco de apagão na zona sul.
De concreto, o governo tem pouco para estimular a saída de consumidores do sistema elétrico. A pasta de Energia deve enviar à Secretaria da Fazenda um pedido para redução de ICMS sobre grupos geradores movidos a etanol, mas não é certa essa redução.
Para o professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP Célio Bermann, o governo "busca tirar soluções da cartola" que poderiam ser obtidas com gerenciamento e manutenção. Eu concordo com o professor na medida em que o solução encontrada pelo governo poderá evitar problemas no horário de pico, mas não ataca o aspecto estrutural da questão. O assunto, sem dúvida, é urgente e não só em São Paulo. Estamos falando daquela venha demanda do país por melhor e maior infra-estrutura que sustente nosso crescimento.
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