"Chegou a um nível irresponsável e escandaloso a magreza das modelos nas semanas brasileiras de moda...Para uma semana de moda, que postula um lugar forte na sociedade brasileira, é um disparate e uma afronta que ela exiba a decrepitude física como modelo a milhões de adolescentes do país. Para a moda como um todo, que vive do sonho de embelezar a existência, a forma como os agentes e os estilistas lidam com essas moças é não apenas cruel, mas uma blasfêmia. Eles, de fato, não estão afirmando a grandeza da vida, mas propagando a fraqueza e a moléstia."
Este é um trecho do excelente artigo escrito por Alcino Leite Neto, editor de moda do Jornal Folha de São Paulo. Parte da cobertura da SPFW, a São Paulo Fashion Week, importante evento do calendário mundial da moda, a análise destaca que o sacrifício físico das modelos deve ter um fim. Alcino lembra que moda combina com beleza e saúde e não com doença. Doença, sim, é o que estas modelos magérrimas desfilam pelas passarelas do Brasil e do mundo, ao ponto disto chamar mais a atenção que as próprias criações.
Há algum tempo, se esboçou uma tímida reação sobre o fim da ditadura da magreza na moda e mais uma vez o assunto caiu no esquecimento. Isto tem que acabar. Somente os agentes e estilistas de moda podem mudar essa realidade, mas todos podem protestar contra esse absurdo e exigir a mudança dos padrões.
Qual sua opinião sobre o assunto?
Total de visualizações de página
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Mais uma vez, o importante trabalho do Brasil no Haiti
A embaixadora do Brasil junto às Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse em entrevista à rádio ONU que está profundamente consternada com a situação do Haiti. Ela afirmou que engenheiros e militares brasileiros que atuam na Missão da ONU no país, Minustah, já estão auxiliando as equipes de resgate. Ouça:
http://www.spallnews.com/som.php?codigo=2819
http://www.spallnews.com/som.php?codigo=2819
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Proibir anúncios em TV, assunto sempre polêmico
Li hoje na BBC Brasil, mais uma notícia sobre assunto que me interessa por tratar do limite do Estado em interferir na vida das pessoas. O Parlamento da Espanha aprovou lei que proíbe a exibição na TV de anúncios que "exaltem o culto ao corpo" das 6h às 22h.
Estão na mira anúncios de produtos de emagrecimento, tratamentos de beleza e cirurgias estéticas, que, na visão dos parlamentares, associam a imagem de sucesso com a de padrões físicos e representam influências negativas para crianças e jovens.
Segundo o governo, a lei também ajudará a evitar a propagação de transtornos como a anorexia e a bulimia. A nova medida livra apenas os alimentos descritos como “baixos em calorias” ou “light”.
Dá para entender o tamanho da reação das indústrias e do mercado publicitário, anunciantes
ameaçam recorrer a tribunais internacionais. As campanhas publicitárias do setor arrecadam mais de 500 milhões de euros por ano na Espanha, segundo dados do Ministério de Indústria.
A primeira pergunta: o governo está abusando do direito de legislar e interferindo na vida das pessoas?
O governo insiste no argumento da defesa dos menores. Por isso, a lei de audiovisual restringe ainda os anúncios de cigarros, álcool, pornografia e jogos de azar, além de filmes, séries e propagandas com “violência gratuita”, que só podem aparecer nas telinhas entre 22h e 6h da manhã.
A decisão do Estado tem o apoio de instituições como a Associação de Usuários de Comunicação e a Confederação Espanhola de Pais e Mães de Alunos.
Acredito que temos que escolher que sociedade queremos, que valores vamos priorizar e que interesse vamos defender. Em frente da TV está todo tipo de consumidor, incluindo crianças e adolescentes cada vez mais preocupados com a estética da magreza muitas vezes dissociada da questão da saúde. A TV presta um serviço, pagamos por isso e precisamos exigir a qualidade desse serviço, do conteúdo dos programas aos comerciais veiculados. Quem vai pagar essa conta é assunto sim do Estado. Esse é meu ponto de vista.
E você que opinião tem sobre o assunto?
Estão na mira anúncios de produtos de emagrecimento, tratamentos de beleza e cirurgias estéticas, que, na visão dos parlamentares, associam a imagem de sucesso com a de padrões físicos e representam influências negativas para crianças e jovens.
Segundo o governo, a lei também ajudará a evitar a propagação de transtornos como a anorexia e a bulimia. A nova medida livra apenas os alimentos descritos como “baixos em calorias” ou “light”.
Dá para entender o tamanho da reação das indústrias e do mercado publicitário, anunciantes
ameaçam recorrer a tribunais internacionais. As campanhas publicitárias do setor arrecadam mais de 500 milhões de euros por ano na Espanha, segundo dados do Ministério de Indústria.
A primeira pergunta: o governo está abusando do direito de legislar e interferindo na vida das pessoas?
O governo insiste no argumento da defesa dos menores. Por isso, a lei de audiovisual restringe ainda os anúncios de cigarros, álcool, pornografia e jogos de azar, além de filmes, séries e propagandas com “violência gratuita”, que só podem aparecer nas telinhas entre 22h e 6h da manhã.
A decisão do Estado tem o apoio de instituições como a Associação de Usuários de Comunicação e a Confederação Espanhola de Pais e Mães de Alunos.
Acredito que temos que escolher que sociedade queremos, que valores vamos priorizar e que interesse vamos defender. Em frente da TV está todo tipo de consumidor, incluindo crianças e adolescentes cada vez mais preocupados com a estética da magreza muitas vezes dissociada da questão da saúde. A TV presta um serviço, pagamos por isso e precisamos exigir a qualidade desse serviço, do conteúdo dos programas aos comerciais veiculados. Quem vai pagar essa conta é assunto sim do Estado. Esse é meu ponto de vista.
E você que opinião tem sobre o assunto?
Assinar:
Postagens (Atom)